Mais um festival de Outono

A chuva torrencial que me acordou hoje pela manhã foi como Taranis dançando nos céus celebrando o novo tempo. O fogo de Brigit começa a intensificar-se nos lares, na forma de comidas mais quentinhas e edredons saindo do armário. Casacos e guaarda-chuvas enfeitam a cidade e a busca pelo aconchego começa a se intensificar entre os casais.

É um tempo de recolhimento e instrospecção e contemplação. Tempo de lembrar que as coisas têm seu período de ocaso, e todo processo o seu fim. Estamos caminhando para um novo ciclo da Natureza e armazenando forças para o tempo de recolhimento que o precede. O Outono nos ensina dessa necessidade de guardar, não só dinheiro como a maioria de nós logo imagina, mas energias importantes e imprescindíveis nos tempos difíceis. É nele que treinamos o viver da colheita bem feita devido a um plantio correto.

E isso é o ciclo em movimento. Uma interdependência das fases de nós mesmos e do que nos cerca. Esse é o momento de pouparmos para os tempos difíceis, de colhermos o que ainda devemos extrair do campo para permitir que ele descanse e de projetar o como passaremos por tudo isso sem sofrer no processo. Nisso o Outono me lembra o quando nos damos conta do fim de uma fase de nossas vidas e precisamos escolher entre tentar extender o inevitável ou erguer a cabeça e enfrentar o que chega. E se há um conselho que eu possa dizer a quem me leia neste texto é: cuide dos teus ciclos e reflita, neste Outono, em como você tem se preparado para as adversidades que possam se abater sobre você e os seus no futuro.