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Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

3 de abril de 2006

Tríade do Dia

As estrelas são o meu teto,
A terra é minha casa,
a liberdade é minha religião.

Tríade Cigana
O termo "Paganismo" foi usado para definir algo que nenhuma palavra conseguiu definir até hoje. Um sentimento de unidade sagrada com a terra que nos sustenta, com o céu que nos cobre e com o mar e os rios que nos alimentam e dão de beber. Para um pagão a sacralidade não está no termo. Pouco importa como chamem o que temos em nosso coração como algo absurdamente maior que qualquer definição. Entrentanto, em alguns contextos, algumas palavras definem bem uma parcela do sentimento pagão.

Neste caso temos a liberdade. E sempre é bom lembrar que não há pagão livre que não seja também responsável pelo que faz com ela. Nada é nosso para usarmos segundo nossa vontade, tampouco somos mais que qualquer coisa vivente. Nós é que devemos nos colocar em comunhão com essa totalidade da qual fomos privamos por tantos séculos pelo homem dito "civilizado".

Fico imaginando os povos pagãos que viviam nos tempos antigos sob a luz das estrelas e da Lua, iluminados por suas foqueiras e vivendo de caça, agricultura, pesca e/ou coleta, sem nossas "vantagens" ou nossa tecnologia de eletricidade e motores. Consigo lembrar das vezes que percorri o Brasil e senti o cheiro da terra molhada pela chuva no meio da mata ou colhi das árvores o alimento que saboreei, não por não ter o que comer além disso, e sim porque o viço de uma fruta chamava o apetite e seduzia os sentidos.

Hoje em dia restam alguns poucos povos pagãos que ainda vivem desta maneira. E é justamente para eles, os realmente capazes de compreender o que a humanidade convencionou chamar de "pagão" por necessitar desses rótulos, que dedico essas palavras. Dedico-as também a todo pagão, seja de tribo, seja de alma, seja de prática, que necessita das asas da liberdade fortes e firmemente presas ao corpo para poder voar de vez em quando.

Ou sempre...

Com a contribuição de Isabelle Nascentes.

4 Comentários:

Blogger Ghad Arddhu disse...

Já ouviu aquele ditado:

"você pode tirar um menino do campo, mas jamais vai tirar o campo do menino" ?

abraços!

03 abril, 2006 15:44  
Blogger Aileen Daw disse...

Gostei da frase dai de cima!
E sabe, às vzs eu fico pensando como era quando não tínhamos esse conforto todo... como era celebrar no meio da natureza, mesmo, sentindo cada coisa. Ainda podemos fazer isso, mas nada se compara a poder celebrar no meio da natureza, né? Queria poder estar sempre em contato com isso!
Beijos!

03 abril, 2006 17:35  
Anonymous Anônimo disse...

Eu estoupensando... eu continuo pensando... eu acho que vou ficar pensando... ;)
bjusssssssss

03 abril, 2006 17:41  
Anonymous Anônimo disse...

Eu estou aqui matutando esse texto... ser pagão nos dias de hoje não é facil, as coisas da vida moderna já se enraizaram muito em nós.

Vamos dar um exemplo? Você viu as fotos da cerimônia dos 8000 tambores, da trilha até a gruta, etc.
Pqp.. mas eu estava em meio à Natureza, a Mãe Terra.Vivendo e respirando por Ela e para Ela.

Então porque raios eu estava levando uma máquina digital?

Pois é Malhado meu velho, acho que eu faço parte da espécie Tecno-Pagã! Mesmo que não intencionalmente, apenas porque eu gostaria de guardar as lembranças do que foi a cerimonia.
Se bem que as maiores lembranças ficam marcadas em nossas almas e não em uma pose de máquina se ela tradional ou digital.
Talvez eu quizesse partilhar com outras pessoas esses momentos... Seja qual for o motivo, lá esta a bendita máquina...rs

Hoje é muito dificil nos desligarmos totalmente da vida moderna, não é verdade?
Quantas vezes vc ja presenciou o celular de alguem tocando em meio a um ritual, pelo simples fato da pessoa ter esquecido de desligar?

Bom, deixa eu continuar por aqui ruminando as idéias e negociando com Tico e Teco.

Beijos

Luna

03 abril, 2006 17:42  

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