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Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

5 de abril de 2006

Alegria na boca

Ontem, visitando meu filho em seu aniversário, sua mãe me entregou um livro já aberto com uma história para que eu lesse para ele, com aquela cara que todo cristão preocupado fica quando faz esse tipo de sugestão a um pagão em geral mau-humorado com as histórias de bruxa que nos dão para ler. Mas a história é tão boninitinha que vale à pena indicar. Não seia inda como é o resto da coleção, mas pesquisarei as histórias desses livrinhos (que têm uma historinha por dia) para possível indicação em nossa lista de livros para crianças.

Vamos à história:

A fadinha Edith era a mais alegre, a mais animada das fadas culinárias.

Tudo o que ela fazia na cozinha dava alegria na boca. Parecia mágica.

Como toda fada culinária do mundo, perto dela havia uma bruxa gulosa, louca para devorar suas guloseimas.

A fada Edith escondia suas iguarias, principlamente seus pãezinhos, famosos em todo o reino, num guarda-comida trancado a sete chaves.

Um dia a bruxa, furiosa porque não conseguia abrir o guarda-comida, resolveu estragar o trabalho da fada. Botou um feitiço nos seus famosos pãezinhos com folhas de espirradeira. E a fadinha começou a espirrar na cozinha, enquanto fazia os pães:

— ATCHIMMM! ATCHIMMM! Ai de mim! E os atchins continuaram. Todo mundo que comia os pãezinhos espirrava. Só se ouvia por toda parte:

— ATCHIMM!

E ninguém mais queria saber de encomendar os seus pãezinhos.

Foi aí que apareceu um passarinho verde, amigo da fadinha, e contou tudo o que a bruxa fez, tintim por tintim. E, muito sabido, disse que a fadinha tinha que virar o feitiço contra o feiticeiro, fazer a bruxa espirrar. Assim, o feitiço dos pãezinhos acabava.

A fadinha Edith depressinha conseguiu suco de espirradeira e fez com ele o doce que a bruxa mais gostava: doce de batata-doce em quadradinhos. E fingiu que esqueceu lá na cozinha.

A bruxa gulosa apareceu logo e, com a sua bocona de bruxa engolidora, engoliu de uam só vez os docinhos. O espirro que ela deu se ouviu em todo o reino, de ponta a ponta:

— ATCHIMMMMMMMMMMMMMMMM!

E a nossa fadinha Edith parou de espirrar e pôde continuar a fazer em paz os seus pãezinhos.

— ATCHIMMMMMMMMMMMMMMMM!


Com contribuição de Márcia Paula.
Extraído do livro "Uma história para cada dia - Outubro", de Sonia Robatto.

Para Angello.

1 Comentários:

Blogger Aileen Daw disse...

haha q fofis! gostei!
bjo!

05 abril, 2006 20:33  

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