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Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

15 de fevereiro de 2007

Pequenas Maldades

Tudo começa na crueldade inexorável de quando somos crianças, na sinceridade cortante de nossas primeiras afirmações. Depois vêm a ironia, as nuances de linguagem, a linguagem corporal, o sussurro e a dissimulação.

Assim cresce o ser humano, tão dado a suas pequenas maldades, e no mínimo qual um gato que brinca com o aterrorizado rato que passava, maltrata inocente mas conscientemente a vítima que encontrou. Isso quando não pisa, humilha e destrói alguém enquanto escarnece aos risos algum capacho que serviu de apoio para atingir algum degrau que alcançou.

Pequenas maldades podem ficar no âmbito da brincadeira ou provocarem lágrimas anos após o riso cessar. Podem passar da medida e tornar-se tormento ou mesmo tortura que persegue os sonhos de quem as sofre, e podem ser a causa da morte de alguém.

A maldade é como uma fera incontrolável, esperando a oportunidade de soltar-se das amarras nas quais tanto confiamos, para alimentar-se de quem esteja à sua frente. E, às vezes, a vítima usa a face do algoz, e nós é que nos tornamos o alimento da fera a qual julgávamos dominar.


Repense suas pequenas maldades ao som de "Smile", morbidamente engendrada por Lilly Allen. Acompanhe a letra pelo próprio link e a tradução clicando aqui, e assista também ao vídeo clipe desta canção.