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Local: Brasília, DF, Brazil

Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

6 de agosto de 2007

O Macaco Perante o Juiz

    Andava um bando de macacos em troça, pulando de árvore em árvore, nas bordas de uma grota. Eis senão quando, um deles vê uma onça que lá caíra. Os macacos se enternecem e resolvem salvá – la. Para isso, arrancaram cipós, emendaram-nos bem, amarraram a corda assim feita à cintura de cada um deles e atiraram uma das pontas à onça . Com o esforço reunido de todos, conseguiram iça-la e logo se desamarraram, fugindo.
    Um deles, porém, não o pôde fazer a tempo e a onça segurou-o imediatamente.

    — Compadre macaco, disse ela, tenha paciência. Estou com fome e você vai fazer-me o favor de deixar-se comer.

    O macaco rogou, instou , chorou; mas a onça parecia inflexível. O macaco então lembrou que a demanda fosse resolvida por um juiz. Foram a ele; o macaco sempre agarrado a onça. É o juiz de direito entre os animais o jabuti, cujas audiências são dadas à borda dos rios, colocando-se ele em cima de uma pedra. Os dois chegaram e o macaco expôs as suas razões.
    O jabuti ouviu-o e no fim ordenou:

    — Bata palmas.

    Apesar de seguro pela onça, o macaco pôde assim mesmo bater palmas. Chegou a vez da onça, que também expôs suas razões e motivos. O jabuti, como da primeira vez, determinou ao felino:

    — Bata palmas.

    A onça não teve remédio senão largar o macaco, que se escapou, e também o jabuti, atirando-se na água.


Eu simplesmente adoro o jabuti. A cada lenda que coloco aqui, um novo aprendizado e uma forma absolutamente inusitada de ver o mundo.

Se apenas as pessoas não tivessem tanto medo de ver o mundo nos tons de cinza aos quais estão acostumadas, tudo seria mais emocionante e enriquecedor!


Olhe para este dia de forma diferente sob a Inspiração de "Colorblind", do Counting Crows. Acompanhe a letra e a tradução desta canção e vivencie o vídeo clipe em cores, sons, formas, cheiros e espanto.

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4 Comentários:

Blogger Wayner disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

06 agosto, 2007 22:51  
Blogger Wayner disse...

Bom saber que em Brasília existem pessoas interessadas na cultura celta que é tão pouco conhecida.

06 agosto, 2007 22:52  
Anonymous Anônimo disse...

Malhado,

Sabe que a Blodeuwedd ainda não me saiu da cabeça? E do coração, é claro!

Fiquei pensando naquela "tradução fonética absurda" que te contei. Mas cheguei a uma outra, melhor, embor ainda errada: Bodas sangrentas. Ou bodas de Sangue. Com Wed-wedding e não wood... Ou seja, continuo nas divagações...

E que o (Leão) Llew me perdoe por tê-lo chamado de semi-deus. Mas, prometo, vou ficar mais íntimo da Mitologia Celta (ou Céltica?).

Mas, quanto ao post de hoje: devo aplaudir, também!

Se todos nós batêssemos mais palmas, acho que seríamos todos mais livres... rs!


Abraços, flores, estrelas!


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07 agosto, 2007 00:48  
Blogger Melyanna disse...

Ahhhh as cores!!! Ahhh as diversas tonalidades de cinza, que são tão necessárias quanto as cores!!! Que mais pessoas ñ tenham medo de enxergar além do cinza, é tão bom!!!! É vida em sua plenitude acontecendo dentro de cada um!

Nem precisa dizer que ameiiiii o conto do jabuti!!!

Bjoss

07 agosto, 2007 01:33  

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