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Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

5 de agosto de 2007

4º Motivo da Rosa

Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzidas,
mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.

Cecília Meireles


Um poema é isso. É transmitir uma sensação codificada em pequenos sinais com tanto poder de modo que nossos olhos apenas os levem até nosso coração, onde finalmente poderão ser lidos com a precisão necessária que lhes falta.

E, dançando com a poesia, um Bardo torna-se aquele sentimento e atravessa a fronteira entre-mundos, lançando-se através da linha do tempo vislumbrando a riqueza de nosso passado e as possibilidades de nosso futuro. É assim que torna-se sensível o suficiente às pessoas que o cercam para poder ensinar-lhes as lições que traz em sua alma, seja pela arte que use ou na profissão que abrace.


Torne-se sentimento através deste poema e do samba "As Rosas Não Falam", uma das tantas pérolas que nos foi deixada pelo saudoso Cartola. E como nem só de poesia é feito o ofício do Bardo, ouça ainda Paulinho da Viola explicar como foi a primeira execução pública desta canção e em seguida cantá-la, numa linda "homenagem" ao poeta.
Acompanhe também a letra e a um vídeo desta canção com Alcione, a nossa Marrom, e o cantor angolano Waldemar Bastos.

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2 Comentários:

Blogger Nika disse...

Amo Cecília Meirelles e suas palavras!!!

Bjos

04 agosto, 2007 23:51  
Blogger Melyanna disse...

Poema lindooooo!!!! Belas palavras as suas, Bardo!!!!

Bjosss

05 agosto, 2007 12:39  

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