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Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

24 de novembro de 2006

Pés Imóveis e Olhos Estarrecidos

"Tudo o que este livro
diz pode estar errado"

Richard Bach, em "Ilusões"
Há momentos em que olhamos para todo o caminho e repensamos todos os nossos conceitos. São instantes que chegam a durar décadas ou vidas nos quais ficamos congelados, inertes defronte ao filme de nossas vidas que passa diante de nossa tela mental.

Nesses momentos, a única coisa que temos não são os Deuses, não são as posses, nem tampouco nossos queridos. Temos apenas nossos pés, sustentando um corpo que traz consigo um mundo inteiro pesando sobre os ombros, os olhos que fitam as diversas direções abertas à nossa frente e uma mente que precisa decidir se vai se fechar a tudo isso e permanecer congelada ou seguirá algum caminho.

O terror de observar as pegadas que deixamos até agora e imaginar se tudo foi um erro, se todas as ações e todos os argumentos eram apenas ilusões não pode ser descrito para quem não tomou nas mãos as rédeas da vida e seguiu com os próprios pés numa direção, implodindo no vazio de não ter aonde fiar suas esperanças ou saber aonde a estrada terminará.

Mas uma coisa pode ser feita: respire fundo e siga, de olhos bem abertos, na direção que sua intuição grita ser a certa. Pois se tudo estiver errado, continuará assim enquanto você estiver ali, parado, aguardando uma mãos que não virá pois há momentos em que nós é quem temos de fazer a diferença em nossas vidas.

Mas, certamente, você não é um erro.

Saia da inércia ao som de "Maurício", do Legião Urbana, e acompanhe a letra pelo próprio link.

5 Comentários:

Blogger Nika disse...

Parece que sempre que apareço por aqui e tenho um bom tempo para ler o que vc escreve, cai como uma luva sobre mim.

25 novembro, 2006 14:05  
Anonymous Anônimo disse...

Errado ou nao, apavorante ou nao, nao importa tanto. O simples fato de ter feito uma escolha e de tomar a responsabilidade por ela jah eh uma bencao e uma alegria imensas. Mesmo que a principio incomode um pouco! :o)

26 novembro, 2006 09:55  
Anonymous Anônimo disse...

Mesmo parada, caminho.
Parada não tenho destino.
Pois mesmo que a mente não saiba onde está indo,
Meus pés seguem sozinhos.
E arrastam meu corpo demente.
Descrente.
Indulgente.
Carente.
Negligente.

Defronte às encruzilhadas, na ausência de uma decisão segura, lembro-me de Gandalf, O Cinzento, nas Minas de Mória: "Se você não consegue lembrar qual o caminho certo, siga o seu nariz... vá pelo caminho que cheira melhor!"

É claro que você pode ter consigo um Pippin que ponha tudo a perder. Mas essa é uma outra história... :)

26 novembro, 2006 10:22  
Blogger Su disse...

Erro não digo, mas um ser que erra, e muito, com certeza sou!

Mas vamos lá... errando e acertando... tentando!

Beijos

26 novembro, 2006 20:50  
Blogger Flor disse...

Haaaa... esta parte do livro Ilusões foi a que mais me assustou!
E sem dúvidas, esta fase de nossa vida é a mais assutadora!!
Nunca saberemos ao certo o que é o certo e o errado... são conceitos praticamente inexistentes... Fazendo nos sentir inseguros diante nosso caminho percorrido e o que percorreremos ainda.
No máximo que podemos fazer é deduzir, sentir, acreditar em nossa intuição (como vc disse, quando ela grita)... Enfim, acreditar em nossos próprios pés, e nos contentar com as aprendizagens que recebemos até então, independente do caminho percorrido...

Beijo Malhado!

27 novembro, 2006 23:43  

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