Três Peneiras
Olavo foi transferido de departamento. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta: - Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva! Disseram que ele...
Olavo nem chegou a terminar a frase, e o chefe disse:
— Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
— Peneiras? Que peneiras, chefe?
— A primeira, Olavo, é a da verdade. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
— Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que... E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
— Então, sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira, que é a da bondade. Você gostaria que os outros também dissessem a seu respeito o que você vai me contar?
— Claro que não! Deus me livre, chefe! - disse Olavo, assustado.
E o chefe prosseguiu:
— Então, sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da necessidade. Você acha mesmo necessário me contar esse fato?
— Não, chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu ia contar...
— Pois é, Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidade. E, o chefe concluiu dizendo: Antes de passar uma informação adiante, lembre-se sempre que pessoas inteligentes falam sobre idéias, pessoas comuns falam sobre coisas e que pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.
Autor Desconhecido
Sempre achei esta história muito bonita, mas até hoje eu a conhecia na na versão em que um monge mais velho aconselha um aprendiz. Concordo quase 100% com o que foi exposto neste texto, e considero-o uma daquelas lições que todo mundo deveria guardar para si e ter num caderninho de cabeceira onde, quando achasse que há algo errado no próprio caminho, pudesse lê-lo qual o "manual do messias" do livro Ilusões, de Richard Bach.
Certamente esta história, uma modificação, faria parte do meu.
Mas com o que não concordo, então? Da fábula, concordo com tudo, mas não é verdade a idéia de que pessoas inteligentes e pessoas mesquinhas estejam em categorias separadas, pois conheço muitas pessoas que são extremamente inteligentes e usam todo o seu potencial para não apenas falar sobre pessoas, mas para destruir suas vidas. Isso está nas novelas, na sabedoria popular e nos cordéis. Prefiro chamar, ao invés de inteligentes, de conscientes as pessoas que usam sua inteligência em prol de algo construtivo, e embora não ache um substituto (ainda) para o termo "pessoas comuns", que acho meio pejorativo, acho-o aceitável.
Todos já fomos alvo da mesquinharia alheia, e eu mesmo volta e meia ouço de pessoas que jamais me conheceram ou sequer acompanham meu trabalho, mas não hesitam em propagar as mentiras que a mesquinharia alheia contou a meu respeito. Minha sugestão? Use sua inteligência pra algo que preste e torne esse mundo um pouco melhor.
Aprenda a utilizar suas três peneiras enquanto escuta "Geni e o Zepelin", um poeta bastante lúdico entoado por Chico Buarque, é verdade, mas que traz em si uma imensa crítica à nossa sociedade. Acompanhe a letra pelo próprio link.
Com agradecimentos a Ana Cláudia pela fábula e pela Inspiração e a Suzana Soares pela lembrança da música.
Olavo nem chegou a terminar a frase, e o chefe disse:
— Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
— Peneiras? Que peneiras, chefe?
— A primeira, Olavo, é a da verdade. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro?
— Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que... E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe:
— Então, sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira, que é a da bondade. Você gostaria que os outros também dissessem a seu respeito o que você vai me contar?
— Claro que não! Deus me livre, chefe! - disse Olavo, assustado.
E o chefe prosseguiu:
— Então, sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da necessidade. Você acha mesmo necessário me contar esse fato?
— Não, chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu ia contar...
— Pois é, Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das três peneiras: Verdade - Bondade - Necessidade. E, o chefe concluiu dizendo: Antes de passar uma informação adiante, lembre-se sempre que pessoas inteligentes falam sobre idéias, pessoas comuns falam sobre coisas e que pessoas mesquinhas falam sobre pessoas.
Autor Desconhecido
Sempre achei esta história muito bonita, mas até hoje eu a conhecia na na versão em que um monge mais velho aconselha um aprendiz. Concordo quase 100% com o que foi exposto neste texto, e considero-o uma daquelas lições que todo mundo deveria guardar para si e ter num caderninho de cabeceira onde, quando achasse que há algo errado no próprio caminho, pudesse lê-lo qual o "manual do messias" do livro Ilusões, de Richard Bach.
Certamente esta história, uma modificação, faria parte do meu.
Mas com o que não concordo, então? Da fábula, concordo com tudo, mas não é verdade a idéia de que pessoas inteligentes e pessoas mesquinhas estejam em categorias separadas, pois conheço muitas pessoas que são extremamente inteligentes e usam todo o seu potencial para não apenas falar sobre pessoas, mas para destruir suas vidas. Isso está nas novelas, na sabedoria popular e nos cordéis. Prefiro chamar, ao invés de inteligentes, de conscientes as pessoas que usam sua inteligência em prol de algo construtivo, e embora não ache um substituto (ainda) para o termo "pessoas comuns", que acho meio pejorativo, acho-o aceitável.
Todos já fomos alvo da mesquinharia alheia, e eu mesmo volta e meia ouço de pessoas que jamais me conheceram ou sequer acompanham meu trabalho, mas não hesitam em propagar as mentiras que a mesquinharia alheia contou a meu respeito. Minha sugestão? Use sua inteligência pra algo que preste e torne esse mundo um pouco melhor.
Aprenda a utilizar suas três peneiras enquanto escuta "Geni e o Zepelin", um poeta bastante lúdico entoado por Chico Buarque, é verdade, mas que traz em si uma imensa crítica à nossa sociedade. Acompanhe a letra pelo próprio link.
Com agradecimentos a Ana Cláudia pela fábula e pela Inspiração e a Suzana Soares pela lembrança da música.
Marcadores: Criticas.htm, Fabulas.htm, Pensamentos.htm
4 Comentários:
Pensa num filme acabou de passar na minha mente ao ler sua indicaçao musical, hehehehhe, uma semana atrás, fogueira e as vozes da Suzana e do Kurt cantando essa música, muito divertido.
Agora qto a fábula, realmente é algo que ñ deveríamos esquecer e ter sempre a mão para recordarmos o qto a nossa língua pode ser ferina!
Obrigada pelos agradecimentos!!!
E bem que a gente tentou mesmo cantar esta fantástica música heim?!
Aprender a peneirar é importante! Infelizmente cometemos muitos erros de vez em quando... então, que a sabedoria do perdão venha aos corações que atingem e são atingidos desnecessariamente.
Beijos
Ha haha..
Este texto é ótimo!
Vou ver se o imprimo, para fazer uma campanha "Adote as três peneiras em sua vida! Que todos serão mais felizes!"
=))
Beijos Malhado!
Tenha uma tranquila semana por aí...
Maravilhoso o texto sobre "As três peneira".
Belíssimo!
Uma lição de seriedade.
abraços, flores, estrelas.
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