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Local: Brasília, DF, Brazil

Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

21 de janeiro de 2008

"Indolentes...

...é o que vocês são: indolentes"...

E assim, neste pensamento circular, fomentei minha ira e curti no fogo de minha decepção o restolho de meus esforços em partilhar minhas experiências e descobertas, pois não é isso que a maioria dos que me lêem deseja. A maioria quer a fácil resposta que não lhes incomode à vida e outros, ainda, alguma resposta que lhes permita incomodar a vida alheia.

A praga do poder ou a mediocridade preguiçosa do descompromisso...

Mas o eco do vento vem e em meio à tempestade o sussurro das palavras de poucos que realmente desejam seguir uma busca, nem sempre a mesma que eu, afaga-me a face bem em meio à tempestade e me faz lembrar que algum proveito se tira deste espaço ou de minhas palavras, o que longe da batida vaidade leonina remete-me à responsabilidade taurina e à meticulosa autoanálise vurginiana e à severa crítica escorpiana que fazem parte de mim, como talvez disesse um amigo astrólogo meu se fosse analisar assim minhas tendências.


Mas calando-me, sucumbi eu também à indolência das massas, e cansado de buscar a cada passo do caminho, estagnei. Fiz uma pausa como falei em um antigo texto de um endereço de blog que não este. Invernei em meio ao verão à minha volta e não sei quando voltarei a fluir em Inspiração que, salvo esse lampejo, parece ter-me abandonado.

Mas sei que esta é também uma fase e que haverá o tempo de ler os blogs que amo mas não consigo acompanhar no momento por estar imerso em mim, nessa busca silenciosa e contemplativa que agora, apartada a ira e controlada a decepção, adentro.

Clarificada a visão, percebo que gritar contra a indolência alheia não é meu trabalho, mas auxiliar a quem realmente esteja interessado em escutar - ou neste caso, ler - minhas palavras, é.


Mas ainda preciso da pausa, mas precisava soltar meus dedos e discorrer sobre o fato de que, apressado em julgar a indolência alheia, não-raro confundi pausas necessárias à incomensurável decisão de refazer a vida e as crenças largando o fácil e confortável pelo abismo obscuro de um desconhecido ímpar o qual muitas vezes sequer saberei mensurar - uma vez que nunca partilhei do conforto em que essas pessoas estão - com a lerdeza morosa dos encostados e desinteressados nas palavras aqui escritas.

Mais uma lição a aprender, mais uma lição a partilhar. E justamente enquanto escrevia o último parágrafo encontrei a frase que, para mim, fecha tal lição com a perfeição de uma nota tocada por Lugh:

Feliz Dia Nacional de Combate
à Intolerância Religiosa


E até à volta, se e quando ela for, lembre-se dessa moça que não conheci definir quem é cantando "Enjoy the Silence", originalmente cantada pelo Depeche Mode. Acompanhe a letra pelo próprio link.

Acompanhe a letra e a tradução, e aproveite para conhecer o vídeo clipe original ou sua outra versão.

Dedicado a quem interessar possa.

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12 Comentários:

Blogger Gustavo disse...

Infelizmente eu descobri oque me puchou para este blog hj, fazia 1 mes ou mais que eu não o via mas agora eu tenho que o ver calado...
Malhado lembre-se algo que vc sempre brigou comigo por fazer pedir desculpas não estando errado, mas so uma desculpa minha não é o suficiente por isso aprendi esta lição, entre diversas que vc ja me ensinou, mas aque mais quiz te mostrar vc não aprendeu, FODA-SE O MUNDO MEU AMIGO, volta a fazer isso criticas são anceios de ciumes de quem não consegue supera-lo... Pois se criticos soubesem fazer filme eram eles os melhores diretores...
É Triste realmente triste ver o bosque abandonado agora, mas quem sabe com o abandono ele não aprenda com o musco velho e as raizes maiores....
Quando o ser humano aprender a ouvir a natureza apenas lagrimas ele ira escutar, espero que estas lagrimas não sejam as suas quando pensar e voltar !

21 janeiro, 2008 18:23  
Blogger Milady disse...

Puxa, na hora que aporto por essas terras descubro que as palavras não mais fluem? Amado filho Tremere, não abandones o bosque! (dos meus Tremere, o preferido! ;-))

Espero a renovação em breve!

Beijão

21 janeiro, 2008 21:50  
Blogger Flor disse...

"Os homens esqueceram essa verdade, disse a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Mandou-me uma vez esta frase, e hoje sou eu quem te mando...

O resto, bardo, o resto você supera, como já superou muitas decepções nesta vida.

Um grande beijo!
Admiro-te, mesmo ausente ou presente.
E respeitar-te-ei, se não esquecer dos que nunca te esquecem!

por Tamira.

22 janeiro, 2008 00:26  
Anonymous Anônimo disse...

Grande Bardo Malhado,

Saudades de você também!


que bom que vcoê voltou, e já falando tanta coisa boa. Contra a indolência, principalmente.

E Viva o Dia Nacional contra a Intolerância Religiosa.

Aliás, toda intolerância irracional é deplorável!


Você disse (nos comentários ao blog Mude), que o livro Ilusões "começa com uma metáfora igual" àquela do meu texto.

Já li "Ilusões" (se for de Richard Bach) e, sinceramente, não me lembro de que no início do livro (ou até mesmo nele inteiro) tenha algo parecido com vermes no fundo de um lodaçal. Ou será que minha memória ontem me traiu?

Lembro do Messias e seu livrinho de máximas, dos vôos, etc.

Mas vou procurar o livro, novamente, e, caso seja verdade, preciso citar a "fonte da inspiração"...


Abraços, flores, estrelas!

22 janeiro, 2008 02:33  
Anonymous Anônimo disse...

Aqui no Brasil, a indolência está por toda parte.

Imagine o que aconteceria, se as poucas vozes que falam tendo algo a dizer, se calassem em definitivo...

22 janeiro, 2008 06:56  
Anonymous Anônimo disse...

Relendo!

Abraços, flores, estrelas..

30 janeiro, 2008 21:14  
Anonymous Anônimo disse...

Relendo!
Abraços, flores, estrelas..

30 janeiro, 2008 21:15  
Anonymous Anônimo disse...

Hey, meu bardo predileto.

Entendo bem a tua necessidade de calar. Mas, egoisticamente, espero que ela não dure tanto.

Todas as vezes que passei por aqui senti um carinho na alma e a lembrança daquela noite no cerrado em que eu conheci um bruxo sensacional.

Fica bem!
Beijos

01 fevereiro, 2008 18:41  
Anonymous Anônimo disse...

"A vida precisa de pausas..."
Mas a pausa é uma parte, apenas, do aprendizado. Que adianta aprender se não compartilhar depois?
Espero que a ocasião do seu retorno seja de mais e mais luz do que vc já irradia.
Beijos, beijos!

07 fevereiro, 2008 14:30  
Blogger Luciana Onofre disse...

guapo hermoso, sabes que te quiero mucho, que sou ave pasagera, pero fiel a los amigos, y tú lo eres para mí...
estoy viviendo esto que citas acá... hoy exactamente.
no creo en coincidencias, pero sí en sincronias.
de felicidades y dolores.
aquí me tienes.

17 fevereiro, 2008 13:07  
Anonymous Anônimo disse...

É meu velho.

Mora ai a maior fonte das desgraças da humanidade.

INTOLERÂNCIA

Seja com religião, com diferenças raciais, diferenças culturais, ou qualquer outra difereça.

Sabemos bem o que é a intolerância quanto a divergência religiosa, de pessoas que não toleram a religiosidade alheia por não terem certeza da própria, dessa forma menosprezam a crença alheia para nutrirem-se de forma mesquinha.

No etanto é parte da humanidade, talvez seja apenas o expoente de um sentimento ou característica em nível radical, e bem, não é a humanidade feita dessas características?

Temos de sanar o radicalismo... temos de sanar a INTOLERÂNCIA!

18 fevereiro, 2008 20:39  
Anonymous Anônimo disse...

Amado mestre!
Faço de Tami as minhas humildes palvras..pois se tivesse poderes maiores, removeria essas decepções para q continuasse a nos ensinar com reu Dom..mas sei q retornará..não esqueça vc nos cativou..agora não nos abandone,se não vou ter q ir mesmo a brasília..rs

Paz e esperamos por sua volta mas fértil.ti amO!
bençãos e carinho pra vc!
Ashore Angel

18 março, 2008 04:19  

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