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Local: Brasília, DF, Brazil

Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

12 de dezembro de 2006

A Mesa do Entendimento

Neste final de semana nossa Ordem esteve representada no 1º Fórum Espiritual Mundial, onde nossa druidesa participou de um painel sobre "a contribuição das religiões ecocentradas para uma cultura de paz".

Inspirado pela paz e depois de ter recebido o texto que postei aqui na quinta-feira, cheguei em casa para só então ser lembrado pelos jornais que naquele dia fazia aniversário o ataque a Pearl Harbor por parte dos japoneses. Passei o final de semana com duas coisas fervilhando em minha mente: o clamor pela paz num dia onde um evento que mudou os rumos da segunda grande guerra fazia aniversário e o esforço de várias correntes religiosas para encontrar formas de conviver apesar de tantas diferenças no âmbito de nossas crenças e práticas.

Percebi-me vivendo um tempo em que a paz não passa de sonho distante e não mais nos sentimos seguros nem dentro de nossas próprias casas, mas no qual a humanidade resiste buscando meios de atenuar as fronteiras que nos dividem, e lembrei das palavras de cada membro do painel do qual participamos.

Agora, depois de refletir a respeito dessas duas idéias, vejo a iniciativa deste fórum e a oportunidade de diálogo que ele nos trouxe como um marco na caminhada rumo ao entendimento pelo qual muitos tanto se empenham, e ver pessoas que têm concepções diferentes do que sejam o divino e o sagrado sentadas lado a lado para discutir não suas diferenças, mas suas similaridades, mostrou aos ali presentes que o sonho da paz de impossível não tem nada.

O mais impressionante, entretanto, foi a receptividade da platéia. Interessada e extremamente participativa, ansiosa por saber como funcionavam as religiões ali representadas e como cada uma funciona, bombardeou os membros da mesa com questões e compartilhou muitos depoimentos os quais tornaram ainda mais rica a discussão.

Uma mesa do entendimento através da qual caminhamos um pouco mais.


Caminhe conosco ao som de "Give Peace a Chance", cantada por John Lennon. Acompanhe a letra pelo próprio link e a tradução clicando aqui, e assista também ao vídeo clipe.

Com agradecimentos à URI pelo convite e pelo evento.

2 Comentários:

Anonymous Anônimo disse...

"Si vis pacem, para bellum"
(Latim - Se deseja a paz, prepara-te para a guerra. Copiado do blog de um grande amigo)

A paz é uma realidade fugaz, momentânea e conquistada.
A paz não é concreta, mas um ideal a ser perseguido.
A paz nunca começa pelos outros.
A paz é cíclica.
A paz é amante caprichosa e mimada. Precisa de muita atenção, carinho, sacrifícios e presentes valiosos para se manter emocionalmente estável.
A paz é intolerante. Não tolera tirania, vilania, desrespeito, rancor, mágoa, ignorância, estupidez, burrice e, obviamente, brutalidade.
Mas tolera, aceita e acolhe a falsidade.
Afinal, a falsidade não é sua irmã, mas com certeza sua aliada.
Sua amiga fiel e confidente.
A paz e a falsidade são cortesãs da alta sociedade.
Andam e trabalham juntas, de mãos dadas.
A paz é insaciável.
Amar a paz, significa trabalho árduo e incansável para mantê-la satisfeita.
A paz é meretriz ninfomaníaca.
Queres a paz para si?
Seja viril.
Seja gentil.
Seja servil.
Galanteie-a.
Presenteie-a.
Seduza-a.
Conquiste-a.
Masturbe-a.
Sacie-a.
Faça-a se sentir plena, única, incomparável, insubstituível.
Deixe-a se sentir confortável e em segurança.
Pois a paz não tem inteligência emocional e é instável.
E não se engane.
A paz não é menina-criança delicada.
Mas sim, puta esquisofrênica, sem recato e com malária.
Quando contrariada, é acometida de febres terçãs.
E, quando as febres vem, meu amigo, ela assume sua dupla personalidade.
Seu alterego... A guerra!
E quem ama a paz... precisa saber lidar com a guerra.

14 dezembro, 2006 10:14  
Anonymous Anônimo disse...

Esse texto me lembrou uma frase colocada no MSN de um de meus sobrinhos:

"Se quer guerra, que venha a guerra, se quer a paz, eu quero o dobro"

Ninfa Lua

21 dezembro, 2006 00:07  

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