A Sorveira e o Carvalho

Material de Estudo Sobre Druidismo e Celtas
Agora atualizado apenas no novo site:
http://bardomalhado.wordpress.com
 

Nome:
Local: Brasília, DF, Brazil

Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

10 de março de 2009

Coerção e Vergonha

A primeira coisa que me perguntei antes de postar este texto foi "quem sou eu para questionar o dogma de uma fé a qual não professo". A resposta foi simples e direta: sou um cidadão, reagindo a uma tentativa de intervenção de uma instituição religiosa em meu país através de uma tentativa de coerção.

Não sou ninguém para julgar valores de qualquer fé, mas nenhuma religião deve meter o bedelho numa sociedade civil laica, e é meu dever esclarecer o meu povo a esse respeito e, porque não, com um pouco de cultura.

Seria bom que a instituição em questão tratasse das mazelas e escândalos em seu corpo clerical antes de sonhar em molestar a sociedade, mas novamente isso não me diz respeito. Então, como me diz respeito falar a quem me lê pois este é o meu povo, convido a todos a repensar suas próprias mazelas, suas próprias injustiças, seu papel como algoz ou vítima e, principalmente, seus valores e a preciosidade de preservar o direito inato de cada um viver conforme os próprios valores, dentro dos limites estabelecidos pela lei e pelo Estado, atuando dentro dele para que possamos viver num mundo cada vez menos injusto e lutando, sim, contra injustiças que ataquem nosso povo ou quem nos cerque.

Por fim, e já que a palavra respeito é algo muito usado e pouco compreendido... reflita a esse... respeito.


A Excomunhão da Vítima
Miguezim de Princesa


I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.

III
Mas o bispo Dom José,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou...
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão...



VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o ministro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão...


Escandalize-se ou delicie-se ao som de "Blowing in the Wind", em sua versão original com Bob Dylan. Acompanhe a letra e acompanhe a tradução se desejar.

Com agradecimentos a Bandruir por me mostrar o poema.

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28 de março de 2008

Eu Quero um Caramelo!!!


Caramelo, das tirinhas "Bichinhos de Jardim"

Sabe aqueles achados que te fazem pensar e relaxar ao mesmo tempo, com a medida certa de crítica, humor, mensagens que valem à pena ler e histórias gostosas como só as coisas escritas na medida do seu sorriso são capazes de ser?

Essas tirinhas são assim.

Nessas horas lembro-me desses tantos "bardos" em meio a nós que muitas vezes nem se dão conta das bênçãos que suas artes nos trazem, e por isso mesmo é importante lembrá-los de como o mundo é melhor graças a eles. E é sempre muito bom encontrar essas almas Inspiradoras tocadas pelos Deuses.

Leia de preferência a partir da primeira tira e na ordem de publicação (de baixo para cima nas páginas) que vale à pena, ou acesse direto pela imagem abaixo.


Conheça o blog com as tirinhas "Bichinhos de Jardim"


Delicie-se escutando "Aquarela", de Toquinho. Uma música que combina perfeitamente com a arte das tirinhas. Acompanhe ainda a letra e assista a uma animação desta canção.

Com agradecimentos a Clara Gomes pelas tirinhas e pela Inspiração.

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9 de outubro de 2007

Homens de Bem

Hoje eu estava dirigindo e pensando sobre os valores que temos o quão mais deturpados eles ficam a cada dia. nenhum pensamento moralista ou algo do gênero, mas eu pensava nas coisas simples, como dar olá ao estranho que passa, ceder lugar aos idosos num transporte público ou usar expressões cada vez mais raras como "por favor", "muito agradecido" ou mesmo "com licença", essa última já na lista de expressões em perigo de extinção e prestes a ser substituída por "sai do meio".

Então me veio às vistas uma piada, e resolvi não discorrer a respeito disso como um "defensor dos velhos tempos", mas demonstrar como a coisa está através do riso. Entretanto, lembre-se da seriedade de como anda nossa sociedade e nossa visão distorcida dos papéis e dos valores que vivemos e, muitas vezes, praticamos sem perceber em que nos temos tornado.

Mas, antes da reflexão, o riso. Boa leitura e boas gargalhadas!!!


- Alô? Quem tá falando?
- É o ladrão.
- Desculpe, eu não queria falar com o dono do banco. Tem algum funcionário aí?
- Não, os funcionário tá tudo como refém.
- Eu entendo... Trabalham quatorze horas por dia, ganham um salário
ridículo, vivem levando esporro, mas não pedem demissão porque não
encontram outro emprego, né? Vida difícil. Mas será que eu não poderia
dar uma palavrinha com um deles?
- Impossível. Eles tá amordaçado.
- Foi o que pensei. Gestão moderna, né? Se fizerem qualquer crítica,
vão pro olho da rua. Não haverá, então, algum chefe por aí?
- Claro que não, meu amigo. Quanta inguinorânça! O chefe tá na cadeia,
que é o lugar mais seguro pra se comandar um assalto.
- Bom... Sabe o que que é? Eu tenho uma conta...
- Tamo levando tudo, ô bacana. O saldo da tua conta é zero.
- Não, isso eu já sabia. Eu sou professor. O que eu queria mesmo era
uma informação sobre juro.
- Companheiro, eu sou um ladrão pé-de-chinelo. Meu negócio é pequeno.
Assalto a banco, vez ou outra um seqüestro. Pra saber de juro é melhor
tu ligar pra Brasília.
- Sei, sei. O senhor tá na informalidade, né? Também, com o preço que
tão cobrando por um voto hoje em dia... Mas, será que não podia fazer
um favor pra mim? É que eu atrasei o pagamento do cartão e queria
saber quanto vou pagar de taxa.
- Tu tá pensando que eu tô brincando? Isso é um assalto!
- Longe de mim. Que é um assalto, eu sei perfeitamente. Mas queria
saber o número preciso. Seis por cento, sete por cento?
- Eu acho que tu não tá entendendo, ô mané. Sou assaltante. Trabalho
na base da intimidação e da chantagem, saca?
- Ah, já tava esperando... Vai querer vender um seguro de vida ou um
título de capitalização, né?
- Não... Eu... Peraí, bacana, que hoje eu tô bonzinho e vou quebrar o
teu galho.

(um minuto depois)

- Alô? O sujeito aqui tá dizendo que é oito por cento ao mês.
- Puxa, que incrível!
- Tu achava que era menos?
- Não, achava que era isso mesmo. Tô impressionado é que, pela
primeira vez na vida, consegui obter uma informação de uma empresa
prestadora de serviço, pelo telefone, em menos de meia hora e sem
ouvir Pour Elise.
- Quer saber? Fui com a tua cara. Dei umas bordoadas no gerente e ele
falou que vai te dar um desconto. Só vai te cobrar quatro por cento,
tá ligado?
- Não acredito! E eu não vou ter que comprar nenhum produto do banco?
- Nadica. Tá acertado.
- Muito obrigado, meu senhor. Nunca fui tratado dessa...
- Ih, sujou!!! (tiros, gritos) A polícia!!!
- Polícia? Que polícia? Alô? Alô?
(sinal de ocupado)
- Alô?... Droga! Maldito Estado. Sempre intervindo nas relações entre
homens de bem!

Autor Desconhecido


Sorria, mas reflita ao som de "Brasil", uma crítica como só brasileiro consegue fazer, imortalizada pelo talento de Cazuza. Acompanhe a letra e o vídeo clipe desta canção.

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2 de outubro de 2007

Pesadelo

Eu tive um pesadelo esta noite.

Nele eu caminhava por uma cidade sem árvores, feita de tons de cinza e matizes negros de fumaça fétida que cobria o próprio Sol. O ar entrava com dificuldade em meus pulmões enquanto incontáveis carros disformes e encantados, feitos de algum metal frágil e colorido, cortavam as estradas como um estouro de gado ensandecido sem ter o que os puxasse enquanto pessoas encolhiam-se dentro deles com um semblante de pressa.

Nunca imaginei estar num lugar com tantas cores diferentes e desconhecidas, ainda assim, completamente cinza. Era como se um exército inimigo estivesse batendo às suas portas, mas sua indiferença com seus sorrisos vazios de medo, coragem ou significado me diziam que para aquelas pessoas aquilo era o normal. E para todo lado que eu olhava era apenas isso que eu via, e a pressa daquelas pessoas falando sozinhas e segurando as próprias orelhas era algo aterrorizante.

Raios colhidos de tempestades jaziam presos em vasos transparentes das mais variadas cores e formas por algum feitiço que sequer consigo imaginar, e à medida em que a claridade desaparecia sem que eu pudesse observar um poente eu ansiava pelas estrelas que me dariam um rumo para longe dali. Mas elas não vieram, e por detrás do manto fumacento eu via o que deveria ser a lua, tão distante de mim que o vazio transformou-se em abismo.

Descobri que ali não havia para quem contar as histórias e os mitos que narram as sagas de meus heróis e os feitos de meus Deuses. Sentei-me num banco esculpido na pedra, numa praça morta, e comecei a entoar uma melodia para aplacar minha tristeza. Nenhuma atenção de volta à minha arte, minhas palavras se perderam ao vento sem ter a quem Inspirar.

Finalmente uma senhora, a única pessoa que me viu nessas horas em que havia sentido invisível, falou algo num idioma que lembrava o dos conquistadores, embora eu não soubesse descrever qual era na verdade. Respondi e perguntei que lugar era aquele, e ela também não me entendia. Falou outra frase e nela reconheci um dos nomes do Outro Mundo. Entendi então que havia morrido e que o céu acabara de cair sobre minha cabeça.

Aguardei as águas do oceano engolirem minha alma enquanto a senhora caminhava para longe, sem sucesso em ajudar-me. Uma espécie de guerreiro apareceu diante de mim, e eu não entendia o que ele dizia também. Parecia que queria me levar com ele a algum lugar, e fazia sinal para que eu o seguisse até um daqueles carros enfeitiçados e esquisitos.

Entrei, haviam mais três com ele e fui até uma construção daquelas construções de que era feito aquele lugar. Lá tentaram se comunicar comigo em vários idiomas, mas só o que consegui falar pelos meus gestos foi que tinha fome. Trouxeram-me um pão com coisas dentro que foi das piores comidas que já provei. Por sorte havia um líquido negro e quente que me deu ânimo de terminar de me alimentar e seguir meu rumo. Agradeci, abençoei a todos e segui caminho.

A última coisa de que me lembro foi de adormecer ao pé de uma bela árvore que jamais vi, uma das raras que encontrei naquele lugar hediondo. Suas flores amarelas me deram o mínimo de paz para que eu adormesse ali. Mas acordei pouco depois com dois garotos apontando algum tido de estátua de ferro em minha direção e, sem entender o que diziam, ouvi um forte estalo e uma dor no peito enquanto tudo escurecia.

E foi quando o riso das crianças brincando me acordou. Senti minha cama e o cheiro de minha terra. Toquei meu peito e não havia ferimento algum, então levantei-me num salto, olhei em volta e vi o céu limpo de outono, a brisa fria e as pedras ao longe. Servi-me de uma maçã e agradeci aos Deuses que tudo aquilo foi apenas um pesadelo.

Estou finalmente em casa.

Alexandre Malhado


Acorde de seus pesadelos ao som de "The Dream", tema do filme "Amores Eletrônicos" cantada pelo Culture Club. Acompanhe também a letra e a tradução desta canção.

Com agradecimentos a Ana Cláudia pela Inspiração.

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1 de outubro de 2007

Sacerdócio e Momentos

Uma das coisas que o sacerdócio nos dá é uma perspectiva única sobre a forma de reconhecer e buscar aquilo que nos é divino. Cada sacerdote observa sua comunidade com atenção visando detectar oportunidades em que algum dos nossos precise de nossa voz, nosso apoio ou mesmo nossa presença, seja para celebrar ou lidar com momentos importantes em suas vidas.

Este poema lembrou-se disto. Lembrou-de dos momentos nos quais uma pessoa precisa de alguém para lembrá-la de que por mais impossível que pareça uma situação existirá, sempre, uma resposta. Basta-nos procurar adequadamente.

Boa leitura! Ademais, é minha poetisa predileta quem escreve.


Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
Em que espelho ficou perdida a minha face?

Cecília Meireles


Encontre e renove-se ao som de "Calling You", cantada por Jevetta Steele e tema do imperdível filme Bagdad Cafe. Acompanhe a letra e o vídeo clipe desta canção.

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26 de setembro de 2007

A Praga do "Gerundismo"

Frases como ..eu vou estar transferindo a ligação..
surgiram no telemarketing.
Mas já se instalaram no topo. Lá na diretoria


    Não acredito no purismo lingüístico, não. Desde que o homem é homem, as culturas e, conseqüentemente, as línguas se interpenetram. Hoje, quem é que reclama da palavra "otorrinolaringologista", todinha grega? Quem é que não usa a palavra "garagem" (ou "garage", tanto faz), que vem do francês? Mas (quase) tudo na vida tem limite. Em se tratando da língua, ou, mais especificamente, dos estrangeirismos, o limite é imposto pelo bom senso. Não vejo o menor sentido, por exemplo, no tosco uso da palavra off, que aparece na porta de algumas lojas. Não se trata de caso que enriquece a língua, que preenche espaço até então vago etc. Trata-se de subdesenvolvimento mesmo. Incurável. Ou, como dizia Nelson Rodrigues, do complexo de vira-lata. No lugar de off, parece conveniente usar a ultraconhecida palavra "desconto", cujo significado qualquer brasileiro conhece.

    Que me diz o leitor de traduzir "Smoking is not allowed" por ''Fumando não é permitido"? Alguém teria coragem de traduzir smoking por "fumando" nesse caso? Certamente não, mas muita gente traduz ao pé da letra frases como "I will be sending" ou "We will be booking" (por "Vou estar enviando" e "Vamos estar reservando", respectivamente). Como se vê pela mensagem com que se avisa que não é permitido fumar, o gerúndio inglês nem sempre continua gerúndio quando traduzido para o português.

    Onde estaria a inadequação de frases como "O senhor pode estar anotando o número?" ou ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", que hoje em dia pululam e ecoam nos escritórios, no telemarketing etc.? O problema não está na estrutura - "flexão dos verbos 'ir', 'poder' etc. + estar + gerúndio" -, mas no mau uso que dela se tem feito. Essas construções são da nossa língua há séculos, ou alguém teria peito de dizer que uma frase como ''Eu bem que poderia estar dormindo" é inadequada?

    Qual é o problema então? Vamos lá.

    Quando se diz, por exemplo, "Não me telefone nessa hora, porque eu vou estar almoçando", indica-se um processo (o almoço) que terá certa duração, que estará em curso, mas - santo Deus! -, quando se diz ''Um minuto, que eu vou estar transferindo a ligação", emprega-se a construção "vou estar transferindo" para que se indique um processo que se realiza imediatamente. Quanto tempo se leva para a transferência de uma ligação? Meses ou segundos? O diabo é que, para piorar, "Vou estar transferindo" é uma verdadeira contorção verbal, que substitui, sem nenhuma vantagem, a construção "Vou transferir", mais curta, rápida, direta - e apropriada.

    A moda do "gerundismo" (essa de "O senhor tem que estar pegando uma senha", "Vamos ter que estar trocando a embreagem do seu carro", "Ela vai precisar estar voltando aqui amanhã", "A empresa vai poder estar fornecendo as peças" e outras ultrachatices semelhantes) só tem uma coisa de bom: o caráter democrático.

    Traduzo: a praga pegou da telefonista ao gerente, da faxineira ao diretor-presidente.

    E quem começou tudo isso? Não se sabe, mas me atrevo a dizer que nasceu da tradução literal do inglês (de manuais ou assemelhados).

    Recentemente, um motorista me disse: "Professor, agora o senhor vai ter que estar me dizendo em que rua eu vou ter que estar entrando". Se eu tivesse levado a sério a pergunta dele, deveria ter respondido isto: "Naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua, naquela rua...". E, assim que ele entrasse na tal rua, eu deveria exigir que ele parasse o carro, engatasse a ré e ficasse entrando e saindo da rua (ou entrando na rua e saindo dela, como preferem os que amam a sintaxe. rigorosa), até moer a embreagem, os pneus... Até o gerundismo sumir do mapa!

Pasquale Cipro Neto
Professor de língua portuguesa, consultor e colunista de diversos órgãos da imprensa, idealizador e apresentador do programa "Nossa Língua Portuguesa", da TV Cultura.
Artigo originalmente publicado na edição nº1894 da Revista Veja, e extraído do site Mulher de Classe.


Fale melhor ao som de "Keep Talking", cantada pelo Pink Floyd. Acompanhe a letra e a tradução desta canção e viaje nas idéias desse grupo assistindo ao vídeo clipe.

Com agradecimentos a Vilmar Mendes pelo texto.

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21 de setembro de 2007

Pequeninos

"Qualquer criança me desperta dois
sentimentos: ternura pelo que ela é
e respeito pelo que poderá vir a ser"

Louis Pasteur



Olhamos para nossas crianças muitas vezes como pequenos, desajeitados e impotentes seres os quais precisamos proteger ante o mundo em que chegaram. Esquecemo-nos de que muitas vezes são esses pequenos pedaços de luz quem nos ensinam o real significado da vida e de tudo o que nossos pais tentaram nos falar quando ainda não tínhamos vivência ou discernimento suficientes para sequer sonhar o que eles tanto nos diziam.

Assim caminhamos rumo à sabedoria que trazemos da nossa linhagem. Somamos as experiências que temos desde crianças, observando nossos heróis e anciãos, compreendemos o quanto de ensinamento existe em tudo isso apenas quando as marcas do tempo começam a nos adornar de vivências e cicatrizes, para somente conseguirmos absorver absorver através da experiência as sutilizas e nuances que hoje apenas consigo perceber.


Aprenda com os pequeninos à sua volta e com o pequenino que um dai foi ao som de "Toy Soldiers", cantada por Martika. Acompanhe a letra e a tradução desta canção, e permita-se assistir também ao vídeo clipe.

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20 de setembro de 2007

Lixo, Luxo, Ecologia e Conforto

Projetos de reciclagem inteligente existem há mais tempo do que qualquer pessoa posas contar. Muito do que as comunidades pagãs fazem nos mostra isso. A humanidade dita "civilizada", responsável pelo ocaso do planeta e de seus recursos, também tem grupos que olham pelo meio-ambiente e buscam minimizar o desastre que nossa presença causa aonde estivermos.

Graças aos Deuses!!!

Ontem a Cecília me mostrou um sistema de aquecimento solar que é fantástico. Uma forma de satisfazer às necessidades de conforto moderno que temos e ainda colaborar com o equilíbrio ecológico. Se eu tivesse uma casa já estaria me preparando para montá-lo.

Concordo com as palavras do criador deste sistema quando diz que "todas essas embalagens (pós-consumo) podem ter aplicação útil no lado social". Ele fez algo, e todos podemos fazer. Não basta achar uma idéia "fofinha" ou "interessante", pois somos todos responsáveis pela devastação do ecossistema que nos cerca e deveríamos atuar de forma mais consciente por protegê-lo e, mais importante ainda, recuperá-lo.

E iniciativas como essa nos mostram que podemos fazer algo e ainda ganhar alguma coisa com isso, como o brasileiro infelizmente foi tão bem treinado a pensar. Então, se voê tem como contribuir, por que não fazê-lo?


Manual Sobre a Construção e
Instalação do Aquecedor Solar
Composto de Embalagens Descartáveis



Chame os amigos, divirta-se e melhore sua qualidade de vida enquanto a natureza agradece. Tudo isso escutando "Love Generation", cantada por Bob Sinclair. Acompanhe a letra, a tradução e o vídeo clipe desta canção.

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10 de setembro de 2007

Abraçando Causas

Sick Puppies – "All the Same"


Este clipe, tema da "Free Hugs Campain" (Campanha dos Abraços Grátis), mostra o como mesmo o mais singelo gesto pode ser massacrado pelos que se acham donos da liberdade alheia.

Sabe o que eles fizeram? Lutaram. Não com indignação vazia e gritos, mas exigindo seus direitos de maneira inteligente e organizada.

Sabe o que conseguiram? O que queriam e tinham direito!


Lute você também pelas causas que abrace, e escute a música-tema desta campanha, "All the Same", cantada pelos Sick Puppies. Acompanhe ainda a letra e a tradução desta canção e, se vídeo clipe não abriu, clique aqui e assista.

Dedicado a todos os que têm coragem e levantar a cabeça e lutar pelos seus direitos.

Com agradecimentos a Cecília Lóes pela Inpiração.

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