A Sorveira e o Carvalho

Material de Estudo Sobre Druidismo e Celtas
Agora atualizado apenas no novo site:
http://bardomalhado.wordpress.com
 

Nome:
Local: Brasília, DF, Brazil

Bardo da Ordem Druídica Vozes do Bosque Sagrado.

28 de março de 2008

Eu Quero um Caramelo!!!


Caramelo, das tirinhas "Bichinhos de Jardim"

Sabe aqueles achados que te fazem pensar e relaxar ao mesmo tempo, com a medida certa de crítica, humor, mensagens que valem à pena ler e histórias gostosas como só as coisas escritas na medida do seu sorriso são capazes de ser?

Essas tirinhas são assim.

Nessas horas lembro-me desses tantos "bardos" em meio a nós que muitas vezes nem se dão conta das bênçãos que suas artes nos trazem, e por isso mesmo é importante lembrá-los de como o mundo é melhor graças a eles. E é sempre muito bom encontrar essas almas Inspiradoras tocadas pelos Deuses.

Leia de preferência a partir da primeira tira e na ordem de publicação (de baixo para cima nas páginas) que vale à pena, ou acesse direto pela imagem abaixo.


Conheça o blog com as tirinhas "Bichinhos de Jardim"


Delicie-se escutando "Aquarela", de Toquinho. Uma música que combina perfeitamente com a arte das tirinhas. Acompanhe ainda a letra e assista a uma animação desta canção.

Com agradecimentos a Clara Gomes pelas tirinhas e pela Inspiração.

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11 de outubro de 2007

Nuvens Brancas de Carbono Seco

Dirigindo pela cidade logo antes da primavera chegar em seu esplendor eu acompanhava os diversos focos de incêndio do cerrado e contemplava a fumaça erguer-se da vegetação seca. E como havia fumaça naqueles dias!

Todos os anos é assim, o céu de brigadeiro e em seguida a névoa branca de fumaça e um pouco de vapor d'água que não consegue se juntar em nuvens de tão quente que está a atmosfera pintando o final de agosto e o início de setembro. Chega então a primeira chuva, que às vezes de tão pequena sequer a consideramos, e a nossa primavera chega ao seu apogeu que diz o mundo ser seu início. Eles entendem a natureza de forma diferente.

Perto da virada para outubro, qual cavalaria vindo nos resgatar, nuvens brancas de promessa de uma chuva que ainda não chegou. E aguardamos, até que chega a primeira chuva, trazendo consigo a bênção de uma brisa úmida que torna o ar mais suportável, mas ainda nos sentimos no deserto.

Hoje, ao olhar para o céu, vemos nuvens, e não mais tão brancas. Nuvens cinzas dizem que não perdemos por esperar pelas chuvas. Mas a época chuvosa é cada vez mais intensa e curta, e suavidade que marcava a Primavera entre setembro e outubro agora está apenas na memória de quem vivenciou aqueles dias tranqüilos marcados por tempestades ocasionais. Hoje temos nuvens brancas de carbono seco, nuvens cinza de água ácida e o sol escaldante que será escondido apenas pelas nuvens de tempestade que estão por chegar.

E quando a tempestade vier, o céu desabará em vida, e o marrom seco do cerrado será um emaranhado de cores e tons exuberantes do verde, do qual sentimos tanta falta.


Aproveite esta véspera de feriado observando o solo à sua volta e aprendendo como sua região se comporta enquanto se delicia com "Song of the Storm", cantada por Emilie Simon. Acompanhe a letra e a tradução desta música, e aproveite para assistir a um vídeo desta canção feito num programa ao vivo de uma tv francesa.

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20 de setembro de 2007

Lixo, Luxo, Ecologia e Conforto

Projetos de reciclagem inteligente existem há mais tempo do que qualquer pessoa posas contar. Muito do que as comunidades pagãs fazem nos mostra isso. A humanidade dita "civilizada", responsável pelo ocaso do planeta e de seus recursos, também tem grupos que olham pelo meio-ambiente e buscam minimizar o desastre que nossa presença causa aonde estivermos.

Graças aos Deuses!!!

Ontem a Cecília me mostrou um sistema de aquecimento solar que é fantástico. Uma forma de satisfazer às necessidades de conforto moderno que temos e ainda colaborar com o equilíbrio ecológico. Se eu tivesse uma casa já estaria me preparando para montá-lo.

Concordo com as palavras do criador deste sistema quando diz que "todas essas embalagens (pós-consumo) podem ter aplicação útil no lado social". Ele fez algo, e todos podemos fazer. Não basta achar uma idéia "fofinha" ou "interessante", pois somos todos responsáveis pela devastação do ecossistema que nos cerca e deveríamos atuar de forma mais consciente por protegê-lo e, mais importante ainda, recuperá-lo.

E iniciativas como essa nos mostram que podemos fazer algo e ainda ganhar alguma coisa com isso, como o brasileiro infelizmente foi tão bem treinado a pensar. Então, se voê tem como contribuir, por que não fazê-lo?


Manual Sobre a Construção e
Instalação do Aquecedor Solar
Composto de Embalagens Descartáveis



Chame os amigos, divirta-se e melhore sua qualidade de vida enquanto a natureza agradece. Tudo isso escutando "Love Generation", cantada por Bob Sinclair. Acompanhe a letra, a tradução e o vídeo clipe desta canção.

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6 de setembro de 2007

São Suas Ações Que Contam

Este é o discurso de Severn Suzuki, na época uma garota de 12 anos, falando sobre o que nós insistimos em não ver. Já se passaram mais de 15 anos deste discurso, mas só a gora tive a oportunidade de bater palmas por suas palavras.

Imagino que apenas uma minoria assista este vídeo, mas espero que com ele eu faça ao menos mais uma pessoa erguer a voz em prol deste que é o Corpo de Danu: o planeta Terra.



Ouça estas palavras não com a mente, mas com o coração, e escute também "What's Going On", numa versão atual cantada por Coldplay e Bono Vox. Acompanhe a letra, a tradução e assista ainda a um vídeo clipe deste que é um hino à ecologia.

Com agradecimentos ao Dr. Ícaro Alves pelo vídeo e o lembrete.

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5 de setembro de 2007

O Que Nos Cerca e Nós

"Primeiro foi necessário civilizar o homem
em relação ao próprio homem. Agora é necessário
civilizar o homem em relação a natureza e aos animais."

Victor Hugo



Quanto lixo você jogou na rua nos últimos dias?

O que fez para melhorar a qualidade de vida das pessoas e animais da sua região sem forçar a eles a sua visão de como o mundo deve ser?

Quando buscou alternativas para alimentar-se melhor pela última vez?

Quando reciclou seu último lote de coisas que não quer ou usa mais?

Quando faxinou seu cantinho mágico pela última vez?

Há quanto tempo não questiona suas idéias e as repensa?


Pense nisso escutando "Bem Simples", do Roupa Nova, com a participação especial de Ed Motta nesta versão ao vivo. Acompanhe a letra e assista ainda a um vídeo desta canção.

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25 de julho de 2007

O Altar Druídico

    Um altar druídico é algo extremamente livre e simples de se fazer e, ao mesmo tempo, uma das coisas mais complexas que um druidista pode preparar. Isto porque o altar deve refletir a si, aos próprios antepassados, à natureza ao redor de onde o druidista vive e aos Deuses com quem tenha mais afinidade e, sem conhecer qualquer dessas facetas, ninguém pode realmente preparar um altar que seja muito mais que apenas bonito.


    Primeiro comecemos com o básico do básico: os três elementos celtas. Não temos quatro elementos e nossos elementos não têm absolutamente nada haver com os elementos gregos que, afinal, são gregos e não celtas. A coincidência de nomes é apenas isso: coincidência. Falemos um pouco dos nossos elementos, então.

    A Terra – representa o solo que nos sustenta e nutre. O solo que você vê pela janela, todos os dias e sobre o qual caminha quando passeia pelas cercanias da sua casa ou a caminho do trabalho. Sem esse solo sob os seus pés não haveria uma casa, nem alimento. Alguns exemplos de boas representações para esse elemento são: pedras das cercanias ou de algum lugar que lhe seja especial, cristais da região, um punhado da terra do seu jardim, da praça perto da sua casa ou e algum lugar que lhe seja especial, um pedaço de raiz ou madeira, folhas (podem inclusive ser da época e de árvores nativas da sua região, o que é um bom estudo), entre tantas opções.

    O Céu – representa essa tela azul que te protege e ilumina os nossos dias, enquanto fecunda a Terra e permite que a vida se instaure nesse planeta. Alguns exemplos de boas representações para esse elemento são: elementos do festival em que estamos, penas, representações do Sol, da Lua e/ou das estrelas, de nuvens, de chuva, de eventos atmosféricos, de aves ou outros seres que voem.

    As Águas – representam o mar e os rios, portais naturais para o Outro Mundo e uma importante fonte de alimento, além de ser a principal fonte de oxigênio do planeta (por causa das algas azuis). Alguns exemplos de boas representações para esse elemento são: conchas, seixos rolados, um recipiente com água, uma pequena fonte de água corrente, uma imagem de um rio ou cachoeira.


    Em seguida, coloquemos os três pilares do Druidismo no seu altar:

    A Natureza – esta parte engloba as representações dos três elementos mais coisas que você julgue importantes e interessantes que a natureza à sua volta ofereça. Vale a sua imaginação.

    Os Antepassados – representa tudo o que veio antes de você. As árvores antigas e as árvores sagradas, os celtas, os antigos de nossa fé e, principalmente, os seus próprios antepassados. É importantíssimo ter elementos da sua família, dados de bom grado e que te lembrem dos seus pais, avós, etc. Caso um dos seus pais não faça parte de sua vida porque não quis ou vocês foram separados por condições que cada um saberá a sua, lembre-se de que ao menos um grande presente você recebeu: a vida. Em agradecimento a esse presente, coloque alguma representação dessa pessoa.
    Se seus pais são de religiões diferentes não há problema. A representação é deles, e não das crenças às quais eles abracem. E mesmo que o símbolo seja da religião que eles professem, para você ele será um símbolo de ligação entre você e a única ancestralidade que realmente importa: sua árvore genealógica. Aliás, faça-a e a deixe guardada no seu altar. Tente ir o mais para trás que conseguir, e agradeça a cada um pelo dom da vida ter chegado até você.
    Mantenha sempre um local para ofertar alimento aos antepassados. Isso pode ser feito no seu altar ou num local específico na sua casa. É sempre bom deixar um pouco de comida a cada refeição para seus antepassados, trocando-a na refeição seguinte. Neste quesito, é importante ter cuidado com a limpeza do local para não atrair pragas e insetos.
    Não se esqueça de você!!! Pequenos objetos que lembrem a sua trajetória nessa vida, como um trabalho de escola, fotos de infância, etc.
    Evite ao máximo utilizar fósseis em seu altar, pois a depredação de sítios arqueológicos alimenta-se do comércio dessas peças.

    Os Deuses – nesta área coloque uma divindade com a qual você tenha maior afinidade e, se não houver, alguma representação dos Deuses que achar. Não necessariamente é preciso ser uma imagem. Por exemplo, num altar de Brigit pode haver sempre uma vela acesa (velas de 7 dias são mais fáceis e baratas de manter assim). Também vale a imaginação, mas lembre-se que os Deuses celtas não são aspectos de uma divindade ou "faces" de alguma divindade ou energia. O Druidismo é necessariamente politeísta.


    Note ainda que cada representação no seu altar deve refletir o local aonde você more e as estações segundo elas passam ao seu redor. Claro que você pode ter uma folha de carvalho num altar criado em meio ao sertão de Pernambuco, mas esse tipo de representação não substitui a representação da terra. Pode sim estar na representação dos seus antepassados (afinal o Druidismo chegou até você graças a muitas pessoas) ou das árvores sagradas.

    Velas não são necessárias num altar druídico, a não ser que sejam pra representar o fogo não como elemento, mas como presente dos Deuses ou ser feérico (dependendo da região a visão difere). Também para pedidos aos Deuses, e para isso uma vela branquinha é mais que suficiente, quando for acendê-la. Evite deixar velas paradas no seu altar.

Por fim, lembre-se de que um altar é um local extremamente dinâmico e que requer cuidados especiais na limpeza física e espiritual. Sempre que estiver se sentido bem deposite um pouco desse sentimento ali, elevando assim a sua energia e emanando bons fluidos em sua casa. Quando precisar, a energia estará lá para iluminar as noites escuras da sua alma. Eu costumo dizer que o altar é um lugar a ser cultivado.

    IMPORTANTE: Tamanho não é documento. Você pode ter todo o seu altar num espaço bem pequeno. É só saber escolher o que colocar nele.


    Bom trabalho, e que a Inspiração dos Deuses guiem teus olhos e teus gestos, no cultivo do teu altar!


Semeie seu espaço ao som de "Seeds of Love", de Loreena McKennitt. Acompanhe a letra e a tradução desta canção.

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23 de abril de 2007

As Árvores e o Machado

Um homem foi à floresta e pediu as árvores que estas lhe doassem um cabo para o seu machado. O conselho das árvores concordou com o seu pedido e deu a ele uma jovem árvore para este fim.

Logo que o homem colocou o novo cabo no machado, começou furiosamente a usá-lo e em pouco tempo havia derrubado com seus potentes golpes, as maiores e mais nobres árvores da floresta.

Um velho Carvalho, lamenta quando a destruição dos seus companheiros já está bem adiantada, e diz a um Cedro seu vizinho:

O primeiro passo significou a perdição de todas nós. Tivéssemos respeitado os direitos daquela jovem árvore, ainda teríamos os nossos próprios e o direito de ficarmos de pé por muitos anos.

Autor: Esopo

Moral da História:
Quem menospreza ou discrimina seu semelhante, não deve se surpreender se um dia lhe fizerem a mesma coisa.


Quando busco fábulas de Esopo na Internet noto que elas sempre trazem ao final uma moral. Não concordo com muitas delas, pois a moral ali expressada não reflete meus princípios, mas em geral nelas eu encontro dicas fascinantes para compreender o pensamento cristão e, não raro, o pensamento pagão também.

Esta é uma das vezes em que ele acertou em cheio num conselho, e mais do que cobrar dos outros, devíamos aplicá-lo em nossas vidas.


Olhe ao seu redor e pense a respeito ao som de "Treefingers", uma música instrumental tocada pelo Radiohead muito interessante para meditar enquanto se contempla o balé das árvores ao vento.

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11 de abril de 2007

Maternidade e Planeta

Foto da Deusa Gaia gestante com o planeta como barriga e seio esquerdo.  Visite a postagem original da autora.


A Terra canta e se encanta
com sua própria canção...

Melody Horta


Passei a noite pensando no artigo de ontem e matutando formas de divulgar o comercial da WWF por aqui (aguarde), e hoje tive uma conversa excelente sobre maternidade, o feminino e o masculino, família e tantas outras coisas que, no fim, resumem-se a esta imagem, fotologada no ano passado pela Melody e que sempre figurou entre as que eu gostaria de ver por aqui. Então, complementando as felizes "coincidências" desta tarde, ei-la.

Para a Melody ela é Gaia, mas não consigo olhá-la sem pensar em Danu. O importante é que ambos sabemos chamá-la de mãe.

Comtemple a imagem ao som de "Mother", cantada pelo Era. Acompanhe a letra e a tradução pelo próprio link. Assista também ao vídeo clipe desta canção.

Com agradecimentos a Ana Gleice pela Inspiração e a Melody Horta pela imagem e frase.

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10 de abril de 2007

O Seu Jeito



Anos de devastação em nome da crença de que somos senhores da Natureza, e não parte dela.

Cegos pela ganância, nós destruímos tudo no caminho rumo à riqueza e ao dito "progresso", mesmo que tantos sempre nos tenham dito que é possível e ensinado como progredir sem maltratar o planeta. Aliás, avisos ou fórmulas prontos e mastigados para quem queira coexistir com a natureza nunca nos faltaram, mas parecia mais "fácil" "divertido" desta forma. Dá trabalho demais pensar em ecologia.

E quem pensou no planeta? Afinal, o que é uma ou outra gimba de cigarro, umas poucas árvores para fazer aquela estante chique em madeira maciça para sua sala ou mesmo uma fogueira aonde aquecer conversas e paqueras à beira daquele santuário natural que você e seus amigos acabaram de descobrir? Dane-se quem se incomode, pois somos a primazia da mãe natureza e o mundo está aí para nosso uso fruto mesmo, não é? Não é assim que nos ensinaram a vida inteira?

Reciclemos as latas e ergamos as mãos aos Deuses como se isso fosse uma grande coisa! Abracemos a esmola ecológica que, ao invés de encarar o pedinte no semáforo e fomentar a prática de que é melhor pedir dinheiro que importar-se em melhorar a própria qualidade de vida, serve para amparar a luta pelo ecossistema que continuamos a degradar.

Assim achamos que equilibramos nossa "dívida" com a natureza, mas quando somos confrontados com a situação drástica na qual nos encontramos respondemos algo como "Não pode cigarro? Então fumemos maconha! Afinal, ela não faz tão mal à saúde". Muito fácil mesmo, dar ao seu vício um aspecto ecológico, e podemos até esquecer dos jovens marginalizados, dos seqüestros relâmpagos e da escalada de violência nas médias e grandes cidades – agora chegando cada vez mais perto das antes seguras cidadezinhas de interior – que tudo isso ainda estará lá quando a arma estiver na nossa face. Não é o que você fuma, é o que a humanidade inteira fuma, abusa, corrompe, degenera, destrói e mata. Apontar o dedo para o passado ou para outras pessoas buscando de quem é a responsabilidade não resolve o problema, no máximo nos faz compreender como ele surgiu e ajuda a ter idéias de como solucioná-lo. É preciso mais. Muito mais.

Lembre-se do tal "paraíso natural" de antigamente, pois hoje ele não é sequer a sombra do que um dia foi. As latinhas de cerveja e "gimbinhas" de cigarro mataram as plantas, "espantaram" os peixes – jeito menos mórbido de dizer que morreram ou migraram por não ter como se sustentar ali – , secaram o rio, tornaram o cheiro de mato molhado num odor misto de lixo e excremento humano, e nada cresce lá.

O que o mundo precisa não é do seu olhar de espanto para as imagens das catástrofes de hoje. O meio-ambiente precisa que você faça algo mas, no fim, você pode continuar fazendo tudo ao seu jeito, pois a verdade é que já não sabemos se o planeta conseguirá resistir a tanta depredação, e baseado na cruel verdade de que a educação e o respeito por você demonstrados nos seus áureos dias passará para os seus descendentes eu imagino seus filhos e netos olhando na sua cara, já perto do ocaso dos seus dias e logo depois de assistirem a um documentário sobre aqueles paraísos naturais de outrora, enquanto perguntam num transtornado uníssono:

Por que você não fez nada para impedir isso, seu idiota?


Descubra seu idiota interior ao som de "My Way", cantada por Frank Sinatra. Acompanhe a letra e a tradução pelo próprio link, e se não conseguiu assistir o clipe acima, basta clicar aqui para conferir a peça publicitária.

Com agradecimentos a Cecília Lóes pela dica da propaganda.
Dedicado a todos os idiotas que acham que tudo isso não passa de balela e aos descendentes que olharão em seus olhos um dia.

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3 de abril de 2007

Direitos dos Animais

Direito Comparado e a Tutela dos Animais
    O Direito dos Animais vêm sendo reconhecido há bastante tempo, não apenas no Brasil, mas também em todo o mundo.

Grã-Bretanha
Foi na Grã-Bretanha que surgiram as primeiras leis protetivas dos animais.
1800: foi proposta uma lei para impedir as lutas entre touros e cães, a qual foi rejeitada;
1821: foi proposta uma lei para impedir os maus-tratos a cavalos, também sendo rejeitada;
1822: foi promulgada a primeira lei para proteção dos animais, proibindo que alguém submetesse a maus-tratos o animal que fosse propriedade de outra pessoa. No mesmo período há a fundação da primeira sociedade protetora dos animais, Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals, para fazer cumprir a lei por meio de representantes dos animais, promulgada em 1822, já que os animais não teriam como postular em juízo.

Inglaterra
1849: Na Inglaterra a primeira lei de proteção animal surge em 1849, regulando a proteção dos animais domésticos;
1854: lei protetiva dos cães;
1876: lei contra a vivissecção;
1906: proibindo-se o uso de cães e gatos para experimentos científicos;
1921: proibição da prática de tiro ao pombo;
1925: proibição do aprisionamento de aves em gaiolas com espaço insuficiente para seu desenvolvimento e sobrevivência.

República Libanesa
1925: promulgação de decreto que regula a proteção animal, proibindo-se a prática de maus-tratos, principalmente da caça para diversão.

Itália
1913:promulgação de lei que regulamenta a proteção animal, confirmando e ampliando os dispositivos no Código Penal italiano, dispondo sobre crueldade, trabalho excessivo, tortura, experimento científico, animais de carga, caça de aves migratórias e maus-tratos.

Bélgica
1929: é sancionada lei que dispõe sobre crueldade, maus-tratos, pássaros cantores cegos, trabalho doloroso e superior às forças, lutas de animais, vivissecção. No mesmo ano é promulgado também o artigo 557, § 6º, do Código Penal belga, dispondo sobre matar maldosamente e ferir animais; o decreto real que dispõe sobre transporte e abate de animais e o decreto real que dispõe sobre a proteção dos pássaros insetívoros;
1931: é sancionado o decreto real que dispõe sobre transporte de cavalo por estrada de ferro.

Luxemburgo
    Em Luxemburgo a proteção ao meio ambiente e aos animais está toda presente no Código Penal, mais especificamente nos artigos 538 ao 541 e 557 ao 561, dispondo sobre envenenamento de animais e poluição de rios, abate de animais, animais que puxam carroças, crueldade, maus-tratos, luta entre animais e espetáculos cruéis.

Espanha
1896: promulgação da primeira lei protetiva dos animais, dispondo sobre a proteção das aves;
1925: é assinada a ordem real, considerando que em todo país civilizado deve-se fazer esforço para tratar bem os animais;
1928: ordem que dispõe sobre touradas;
1929: ordem que proíbe briga de galo e jogo de enterrar aves até a cabeça e a ordem que dispõe sobre crueldade, trabalhos excessivos, pássaros cegos e vivissecção;
1931: é promulgado um decreto criando um escritório central para proteção dos animais e plantas.

Portugal
1886: promulgação da primeira lei protetiva dos animais, incorporando aos artigos 478-481 do Código Penal português a proteção contra o envenenamento, abuso do animal de carga e dos maus-tratos ao animal de consumo, além de tipificar como crime matar e ferir animais;
1919: é assinado decreto referindo-se aos trabalhos excessivos impostos aos animais, impondo-se limites aos abusos.

Argentina
1891: promulgação da lei 2.786, dispondo sobre a proteção animal em todos os seus âmbitos.

Alemanha
1926: lei que prevê punição com pena de prisão e multa daquele que tratasse o animal com crueldade.

Áustria
1855: lei que previa punição àquele que maltratasse animais em público.

Hungria
1879: Lei Fundamental XI, § 86, pune com prisão e multa aquele que submete os animais a maus-tratos.

Suécia
    Na Suécia houve uma certa demora para que leis protetivas animais surgissem; porém hoje, tem referido país uma das melhores leis concernentes ao bem-estar animal.
1988: foi assinado The Animal Protection Act, lei que trata do bem-estar dos animais de consumo, além dos animais de companhia, animais usados para corrida e exibição e animais para propósitos científicos. Com esse ato, aos rebanhos é concedido o direito de pastagem. Os abates devem ser humanitários.

Suíça
    Na Suíça também temos uma das mais avançadas leis referentes à proteção animal.
1978: lei federal instituída em 1978, que trata dos experimentos científicos envolvendo animais, do sistema de estabulação, da detenção de animais selvagens, do comércio, do transporte e do abate.
1981: também surgem disposições penais que se referem aos maus-tratos, à negligência, ao abate de forma cruel, à promoção de lutas entre animais e à realização de experimentos dolorosos, que são crimes puníveis com prisão e multa.

França
1791: Código Penal e em 1850, pela Lei Grammont, ambos qualificando como crime o envenenamento de animais pertencentes a terceiros e os atentados a bestas e cães de guarda em território de outrem.

Texto organizado por Renata de Freitas Martins.


Adoro quando encontro essas referências que a princípio não têm muito haver com o que passamos em nosso cotidiano. A partir delas eu penso, reflito, aprendo com a história e me inspiro para passos que pretendo dar no futuro.

De informações assim surgem mais e mais questões as quais pretendo responder em breve, em meu trilhar pela senda que esteja perseguindo. Seja o ambientalismo, seja o Paganismo, seja o Druidismo, cada tessela do mosaico de informações que monto traz possibilidades de aprofundar minhas pesquisas e, partir daí, tornar-me um cidadão e um sacerdote melhor. Aliás, e porque não dizer também uma pessoa melhor, não é? não é esse o objetivo de buscar aprendizado nas sendas de nossa fé?

Próximo passo: descobrir o que o Brasil tem feito nesses anos todos pelos animais. Quem sabe nos artigos da autora deste estudo eu não encontre algo?


Questione-se ou aprofunde-se ao som de "História de uma Gata", cantada pelos Saltimbancos. Assista também ao vídeo clipe acompanhando a letra desta canção.

Com agradecimentos a Marcio Mendes Paes pelo texto e a Cecília Lóes pela música.

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28 de março de 2007

Carta a Quem Começa

    No início o medo é normal. Principalmente o medo de errar.

    Vivencie seus ritos e práticas para descobrir a energia dos Deuses em você e conectar-se cada vez mais com Suas energias. Estude bastante, conheça o que puder, mas não replique simplesmente nenhuma receita pronta de feitiço ou ritual porque alguém lhe disse para fazer desse jeito ou porque tenha lido num livro que deva ser assim. Crie o seu jeito aos poucos, enquanto fortalece sua experiência respeitando as normas da fé que esteja pesquisando e a palavra dos que trilham seriamente o caminho há mais tempo. Você vai errar às vezes, acertar outras. Vai pensar que alguma coisa funciona pra você quando na verdade é outra que funcionará, e vai acertar algumas, poucas e valiosas, de primeira.
    Tornar-se pagão é um processo muito pessoal, e essa transição deve ser feita tendo a maior paciência para consigo. Ninguém tem que acertar nem tem prazo algum a cumprir. Então, não se apresse nem pule etapas que agora possam lhe parecer ridículas para depois você não sentir falta do que elas poderiam ter-lhe ensinado. Aproveite a caminhada.
    Imagine-se voltando para cada e encontrando abertos os braços de um Pai ou o calor que só um ventre de uma Mãe pode ter para aconchegar a alma, e caminhe com os Deuses com que chamarem teu nome, pois Eles terão as respostas para as suas questões mais imediatas. Não espere descobrir quais serão seus Deuses de culto, pois não há garantias de que você terá um dia culto específico a alguma divindade, a muitas ou a todas com o mesmo carinho. Todas essas possibilidades são válidas.

    Respeite toda a criação e, reconhecendo-se nela, respeite seu próprio tempo e espaço. A natureza funciona em ciclos, e todos estamos sujeitos a sucessão desses ciclos. Aprenda a reconhecer em si o ritmo da natureza, e dance com ela a cada instante de sua vida.

    Seja paciente e criterioso. Se você segue um caminho já trilhado por outros (uma corrente religiosa pagã qualquer), conheça e aprenda seus preceitos mais básicos antes de procurar aprofundar-se em seus pormenores. Se segue sozinho, esse cuidado vale para as informações que garimpar, pois sem que o solo seja firme nenhuma construção fica de pé, e qualquer plantação torna-se erosão ou deserto.

    Tenha muito cuidado com quem te guie. Lembre-se sempre de que essa pessoa (ou grupo), por mais experiente, sábia e bem intencionada que seja, é apenas um guia, não um "guru" e por certo não é dono de verdade alguma, podendo no máximo apontar-lhe algumas poucas verdades mais aceitas no âmbito da ciência. Portanto, não existe alguém que se deva seguir, mas pessoas cujos caminhos nos servem de Inspiração. Olhe-se no espelho como a pessoa única que é, e aprenda a orgulhar-se disso sem esquecer de que somos todos apenas aprendizes, sempre.

    Colha toda a informação que puder, mas certifique-se de que os livros e textos aos quais você tenha acesso sejam não só fieis ao pensamento pagão como embasados em fatos. Duvide dos fatos, pois não vai faltar quem os torça ou invente para justificar suas próprias "verdades" para transformá-lo em mais um em seu rebanho.

    Tenha senso-crítico e conteste quando achar apropriado, pois é contestando que os diálogos mais produtivos se iniciam e as maiores compreensões acontecem. Só não se esqueça de que diálogos necessitam de respeito para acontecer e neles não é necessário haver um vencedor.

    Nunca se esqueça que seu vínculo é direto com os Deuses, e ninguém é intermediário nessa comunhão, mas demonstre sua gratidão aos que estendem a mão e te auxiliam, reconhecendo essa ajuda e dando os créditos a quem de direito. Agradeça sim, mas não apenas isso. Continue o trabalho de instruir e ajudar quem precise com o que você já saiba o suficiente pra demonstrar. É demonstrando como é e como foi o seu caminho até agora que você poderá ver o quanto cresceu e o quanto ainda tem a aprender. Faça-o de forma que as pessoas possam, assim como você, trilhar seus próprios rumos aproveitando o que lhes for válido.

    Não crie rebanhos. Os filhos dos Deuses correm livres pelos Seus campos. Nossos sacerdotes não são pastores de ovelhas, mas sinais espalhados pela floresta indicando onde há água fresca de beber e abrigo seguro para nos protegermos.

    Celebre a diversidade como uma característica inerente aos Deuses. Concorde ou discorde, mas não aponte o dedo pra soltar palavras vãs ao vento. Toda crítica que sair dos teus lábios deve ser como o adubo, possibilitando a quem te ouça um momento de reflexão e crescimento, e não qual o veneno que destrói tudo o que toca. Claro, a escolha entre depositar o adubo ou o derramar o fel é sua, assim como a responsabilidade pelos seus atos, por mais que você não a aceite ou tente negligenciar.

    Por fim, evite ao máximo que seus ritos e feitiços beneficiem a você e somente a você. Ser pagão é cultivar a consciência de que vivemos inseridos num contexto muito maior que nossos pequenos umbigos. Não tente usar o poder como se fosse algo seu, pois na verdade ele apenas flui através de ti, pois esse é o caminho ao qual você escolheu pertencer.

    Compreenda isso e, então, você estará no caminho de tornar-se um pagão.

Alexandre Malhado


Carta foi originalmente postada no endereço antigo deste blog, atualizada e revisada para publicação neste endereço. Para mim, esse é daqueles textos que são essenciais ao pagão recém-chegado em nosso meio, independente da fé que decida seguir dentro de seu imenso tronco religioso.

Receba as boas vindas ou quem esteja chegando em seu convívio com os Deuses ao som de "Santiago", composta e interpretada por Loreena McKennitt. A música não tem letra, mas junto à música consta um depoimento em vários idiomas da própria cantora sobre esta canção, aqui apresentada numa versão ao vivo.

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26 de março de 2007

Urbes do Futuro

A primeira cidade ecológica do mundo é na China

    "Quem pensa que construção sustentável é uma casa de pau-a-pique no meio do mato está redondamente enganado. A China está levantando a primeira cidade ecológica do mundo. Dongtan irá ocupar uma área equivalente a três quartos da ilha de Manhattan ao lado do aeroporto da moderna Xangai. A primeira fase da empreitada deve ficar pronta em 2010 para abrigar, inicialmente, 50 mil pessoas – em 2040 deverão ser 500 mil. E nem pense numa vila povoada por hippies, mas sim em casas, hospitais, escolas e indústrias high-tech erguidas de forma sustentável. Até 80% do lixo sólido será reciclado, os ônibus serão alimentados por baterias elétricas, a água será reaproveitada e a energia elétrica, gerada por fontes alternativas. A comida virá quase toda das fazendas vizinhas. Casas e prédios terão suas telhas cobertas por gramados ou hortas para manter os lares frescos e absorver a água da chuva. Dongtan está na ponta-de-lança de uma tendência que ganha coro por todos os cantos do planeta, inclusive no Brasil. Em São Paulo, acaba de ser inaugurado o primeiro prédio sustentável do país para abrigar uma agência bancária. Mais dez edifícios no modelo já foram encomendados. É a preocupação ecológica batendo à porta dos cidadãos".

Priscilla Santos


Navegando pela web deparo-me com essa notícia. Caramba! Meio milhão de pessoas vivendo numa cidade ecológica em coisa de 33 anos é algo difícil de imaginar até para alguém que mora numa cidade que teve o dobro desse crescimento no mesmo período em seguida à sua inauguração.

Mas o que me espanta não é acomodar as pessoas, e sim fazê-lo e ao mesmo tempo atingir o que não conseguimos sequer sonhar em projetar aqui em Brasília: consciência ecológica! Não é fácil para alguém como eu, com suas três décadas e meia de vida, compreender a necessidade de separar o lixo e reciclar materiais, principalmente quando se tem uma educação totalmente negligente em relação a ecologia como temos no Brasil, então imagino como fazer isso com tantas pessoas, muitas mais velhas que eu.

É então que me lembro de uma história chinesa que acho fantástica. O país estava com um surto fortíssimo de uma doença causada por um caramujo, se não me engano era esquistossomose, e os técnicos não sabiam como fazer para erradicar tal problema numa área tão pobre e tão grande. Sabe o que eles fizeram? Cataram!!!

Pois é. A prática ecológica não é uma questão de mera consciência, mas uma questão de comprometimento e perseverança. Que os Deuses abençoem aquele povo nessa iniciativa. A Terra agradece.


Matéria original extraída do site da revista Vida Simples, edição de abril de 2007. Veja ainda as informações adicionais desta matéria.

Imagine e projete um futuro sustentável ao som de "Mais Uma Vez", interpretada pelo saudoso Renato Russo, ou confira a versão original cantada pelo 14 Bis, numa gravação acústica muito interessante. E para completar, eis o vídeo clipe da versão que o Renato cantou.

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19 de março de 2007

Vida Sustentável

O planeta está esquentando, e o risco de catástrofes naturais, aumentando.

E o que você tem a ver com isso? Tudo. A queima de combustíveis fósseis e a produção desenfreada de lixo – duas das principais causas do aquecimento global – estão diretamente relacionadas ao estilo de vida urbano, consumidor e predador da natureza que os humanos vêm adotando de modo cada vez mais acelerado.

Dá para mudar? Dá. Até mesmo na vida cotidiana, vivendo em cidade grande, morando em apartamento, trabalhando em prédio fechado com ar-condicionado e tendo carro.

A Folha ouviu especialistas e reuniu dicas simples para cuidar melhor da Terra e reduzir o impacto da nossa passagem por aqui. Para construir um planeta menos arriscado onde viverão seus netos e os netos dos seus netos.


Para ser sustentável no dia-a-dia

É claro que não é tudo. Há ameaças maiores. Somos moradores do país que concentra um terço das florestas mundiais e que ainda as desmata. Temos a maior biodiversidade do planeta e poucos governantes atentos a isso.

"Embora possamos dar várias contribuições individuais, lamento dizer que, a menos que os brasileiros assumam a liderança de cobrar o fim dos desmatamentos e das queimadas de suas florestas, os esforços cotidianos significam pouco", comenta o ecólogo norte-americano Douglas Trent.

As ações individuais, embora louváveis, não são suficientes, concorda Miriam Duailibi, coordenadora-geral do Instituto Ecoar. Para ela, é preciso pressionar empresas e governos para que se comprometam a adotar soluções sustentáveis. "As pessoas têm que agir como indivíduos mas também como comunidade, eleitores, investidores e consumidores".

Ainda que sigamos todas as sugestões, será pouco. Estará apenas plantada a semente de uma nova relação com o planeta. Levará tempo para que brote, vingue e floresça. Mas, no futuro, os herdeiros da nossa espécie agradecerão pelos frutos desse gesto.


Ações a serem implementadas:

— Nos deslocamentos

Caminhe e pedale: Nos horários de congestionamento, dependendo da distância a ser percorrida, chega-se mais rápido a pé do que de carro. A bicicleta é uma alternativa de transporte veloz e que não polui. Além disso, as duas alternativas de deslocamento fazem bem à saúde.

Compartilhe caronas: A queima de combustível fóssil é uma das principais causas do aquecimento global. Descubra quem vive na sua região, dê e pegue caronas. Evite andar sozinho de carro, é injusto quando se considera o impacto do seu "conforto" para o planeta.

Use transportes coletivos: Em São Paulo, os deslocamentos de metrô ou via corredores de ônibus podem ser mais velozes do que em carros particulares.

Deixe o carro na garagem e use a rede de transporte coletivo da sua cidade. Além de economizar combustível e estacionamento, você ainda estará pressionando governos a aperfeiçoarem essa alternativa.


— Na rua

Veja onde joga o lixo: Não jogue lixo no chão. O escoamento da água nos centros urbanos é complicado principalmente pelo lixo que obstrui as canaletas. Essa é uma das causas das enchentes e dos deslizamentos, além de estimular e proliferação de ratos, baratas e doenças.

Deixe terra à vista: Pavimentar todo o solo não é bom. Ao construir sua calçada, por exemplo, você pode optar por materiais que permitem que a água o atravesse. Pontos de terra sem pavimento significam que o solo pode respirar. Chão todo pavimentado é como pele humana coberta de substância extremamente gordurosa e com todos os seus poros obstruídos.


— No trabalho

Imprima menos: Antes de ativar a impressora, pense se é estritamente necessário imprimir os e-mails que recebe. Seja rígido na seleção e só imprima o que for indispensável. Para imprimir um e-mail você utiliza energia elétrica e matéria-prima oriunda das árvores.

Reutilize papéis: Toda folha de papel tem dois lados, mas muitas vezes esquecemos disso. Reutilize folhas de papel. Faça blocos de nota com papéis usados ou mande folhas de volta para a impressora para imprimir no verso materiais só de leitura.

Compartilhe material: Construa uma caixa comum de materiais como canetas, lápis, clipes, post-its. Ali podem estar os materiais que não são pessoais.

Isso evita que cada pessoa compre uma nova caneta a cada vez que não conseguir encontrar a sua.

Seja seletivo no material: Papel reciclado, lápis de madeira certificada, canetas com componentes não-poluentes. Já existem muitas opções de material de escritório que são produzidas pensando na redução do impacto ambiental.

Não ignore o verão: No verão, vá trabalhar de roupas leves e defenda isso na empresa em que trabalha. Se o seu cargo é de chefia, libere os subordinados de usar ternos e trajes formais calorentos diariamente nessa época do ano. Assim, o ar-condicionado poderá funcionar em menor potência, economizando energia e esquentando menos o mundo lá fora.


— No mercado

Desembale: Evite o excesso de embalagens. A energia usada para fabricar uma única lata de refrigerante é a mesma que a sua televisão utiliza se
passar 172 horas ligada. O queijo fatiado, por exemplo, não precisa de bandeja de isopor nem de filme plástico. E, afinal, para que usar uma sacola de plástico para cada três produtos? Para pequenas compras, por exemplo, você pode levar sua sacola de casa.

Use retornáveis: Evite comprar descartáveis. De copos e pratos a garrafas, dê preferência aos itens cujo fabricante já prevê a reutilização. Volte a usar garrafas retornáveis de cerveja.

Prefira produtos locais: Prove os alimentos produzidos na sua região e dê preferência a eles. Além de mais frescos (o que é melhor para a sua saúde) significam um modo de produção menos impactante, e menos emissão de gases no processo de transporte.

Consuma menos: Repense seu calendário de compras e evite comprar alimentos que estragam rápido – isso significa mais idas ao supermercado, mais queima de combustível fóssil e mais consumo irracional. Antes de comprar qualquer coisa, pergunte-se se você realmente precisa daquilo. Não compre o que não é necessário e cuide do que vai fazer com o lixo da sua compra.


— Em casa

Economize água: Diminua o tempo dos banhos, feche a torneira enquanto escova os dentes, use regador em vez de mangueira, varra a calçada em vez de lavá-la. De acordo com dados do International Hydrological Programme da Unesco, 97,5% da água do planeta é salgada. A água doce só representa 2,5% e está, em sua maior parte, nas calotas polares. Apenas 0,3% encontra-se acessível em lagos, rios e lençóis subterrâneos1. Com a poluição dessas fontes, a escassez de água no planeta é uma preocupação mundial. Leve-a para casa.

Separe o lixo: Mesmo que a sua cidade não ofereça serviços de coleta seletiva, separe o lixo em casa e descubra para onde você pode levar material reciclável como vidro, plástico, metal e papel. Tenha especial cautela com lixos poluentes como lâmpadas com mercúrio, pilhas ou baterias usadas, que não podem ser misturados ao lixo comum. O mau gerenciamento dos resíduos da atividade humana é uma das causas diretas do aquecimento global.

Desplugue os equipamentos: Embora seja menos impactante do que a queima de combustível fóssil, o modo de produção da energia hidrelétrica largamente usado pelo Brasil também é desfavorável à natureza.

Tire os eletrodomésticos da tomada enquanto estão desligados e evite deixar equipamentos no modo "standby", que ainda significa consumo. Prefira eletrodomésticos que economizem energia.

Certifique-se da madeira: Na hora de comprar móveis de madeira, procure saber de onde vem a matéria-prima. Prefira móveis certificados pelo selo FSC – Brasil e oriundos de florestas de manejo sustentável. Dessa forma, você age diretamente contra o desmatamento e pela preservação das florestas brasileiras.

Tenha plantas: Nos jardins, nos quintais, nas sacadas, na calçada, na sala do apartamento, no hall do prédio. Plantas significam mais qualidade no ar e menos poluição. Podem ainda significar alimentos frescos para quem mantém pequenas hortas em casa.

Autor Desconhecido.
Adaptado por Alexandre Malhado.


1 – Assistindo ao fantástico neste final de semana esbarrei na estatística de que apenas 0,007% da água do planeta é potável. (Malhado)


Recebi este texto hoje pelo e-mail e achei interessantes as dicas. Claro, dificilmente alguém poderá ou terá tempo hábil para fazer tudo o que o texto recomenda, mas no que depender de mim não é por falta de informação a comunidade pagã deixará a natureza, pelo menos a que estiver à nossa volta, perecer.


Informe-se e descubra o que pode fazer pelo seu meio-ambiente ao som de "Earth Song", Michael Jackson. Acompanhe a letra e a tradução pelo próprio link, assista ao vídeo clipe e ainda confira uma propaganda bem bolada do Instituto Ecoar, citado no texto, que encontrei enquanto pesquisava sobre o texto na Internet.

Com agradecimentos a Malu DalCol pelo texto.

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9 de novembro de 2006

Novas Dicas

Para Preservar Nosso Meio-ambiente

Aqui vão mais algumas dicas, para contribuir com a preservação do meio-ambiente.


Existem várias outras coisas que nós podemos fazer para melhorar nosso meio-ambiente e, consequentemente, nossa qualidade de vida.

Não é preciso morar no mato pra ter uma atitude mais ambientalista. Nem fazer parte de grupos eco-terroristas (ou não) ou participar de grandes movimentações em prol de "salve isso, salve aquilo". Atitudes simples, como:

– Apague as luzes dos ambientes que não estão sendo usados.

– Use lâmpadas econômicas.

– Não deixe a porta da geladeira aberta enquanto se serve. Tire o que lhe interessa dela, feche a porta, sirva-se do lado de fora e depois guarde na geladeira novamente.

– Não deixe rádios, TV.s ou computadores ligados sem que ninguém os esteja usando.

– Não lave pouca roupa. Acumule a quantidade ideal de roupa para sua máquina e lave apenas entre uma e três vezes por semana. Isso economiza luz, água e sua máquina também.

– Não passe pouca roupa. Também acumule uma quantidade razoável e utilize o ferro de uma a duas vezes por semana. A economia de luz é gigantesca!

– Procure possuir eletrodomésticos mais econômicos. Observe as indicações das embalagens quando for comprá-los.

– Não deixe a torneira aberta enquanto escova os dentes ou lava a louça, exceto para os enxaguar (os dentes ou a louça).

– Não tome um banho muito demorado (entre 10 e 15 minutos é um tempo muito bom). Para quem tenha cabelos muito longos, desligue a água enquanto ensaboam os cabelos. Aproveite e já ensaboe o corpo também, voltando a ligar a água apenas quando for hora de enxaguar.

– Aos fumantes, não joguem as guimbas de cigarro na rua. Mantenha um saco plástico na bolsa, apague o cigarro e ponha a guimba no saquinho. Jogue o saquinho na lixeira correta ou em casa. Não é conveniente (ou legal) fumar enquanto dirige. Deixo a dica de manter um cinzeiro no carro e esvaziá-lo da forma correta em casa.

– Não jogue na rua ou na calçada os folhetos de propaganda que lhes são entregues. Guarde-os para dispensar na lixeira mais próxima. O mesmo vale para comida e embalagens (de fast-food do drive thru, por exemplo).

– Mantenha um saco de lixo no carro. Em postos de gasolina você recebe esses sacos ao abastecer.

– Descubra se no seu prédio, rua ou cidade existe coleta seletiva de lixo e como ela funciona. Siga as instruções fornecidas corretamente.

Essas são algumas. Existem várias outras que me fogem à memória no momento. E, como podem ver, não é preciso ser um ativista ambiental pra ter mente e atitudes ambientalistas.

Melody Horta, com adaptações.



Lendo essas dicas uma frase não me saia da cabeça: "por que as pessoas acham que os Deuses vivem apenas de rituais"? Não entendo como as pessoas conseguem dizer-se pagãs enquanto atacam a Natureza, se os Deuses são Eles próprios a natureza. Bom... vou pensar a respeito e uma hora dessas comento com um texto por aqui. Enquanto isso, vou tratar de acatá-las.

Até lá, comente você também enquanto escuta "Planeta Água", copmposta e interpretada por Guilherme Arantes.
Acompanhe a letra pelo próprio link e assista também ao vídeo desta canção.

Com agradecimentos a Melody Horta pelo texto, pelas dicas e pela Inspiração.

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8 de novembro de 2006

Uma Dica de Preservação Ambiental

Volta e meia recebo textos que são verdadeiras pérolas. Alguns servem para reflexãoe outros, como esse, são dicas práticas para o dia-a-dia.

Mesmo que não façamos muitas frituras, quando as fazemos, jogamos o óleo usado na pia ou por outro ralo, certo?

Esse é um dos maiores erros que podemos cometer.

Por quê fazemos isto? perguntam vocês.

Porque infelizmente ninguém nos diz como fazer, ou não nos informamos.

Sendo assim, o melhor que se tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa daquelas garrafas de plástico por exemplo as garrafas pet de refrigerantes), fechá-las e colocá-las no lixo normal (ou seja, o orgânico).

Todo lixo orgânico vai para um local e os sacos onde os colocamos são abertos e triados.

Assim, as nossas garrafinhas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma ETA e ser necessário dispender milhares de reais a mais para o seu tratamento.

Um litro de óleo contamina cerca de 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de uma pessoa no período de 14 anos.

Autor Desconhecido.


De que adianta dizermo-nos pagãos se somos incapazes de atitudes como esta, do texto acima? De que adianta arrotarmos conhecimento, nomes de Deuses e títulos imensos, ou sarmos caros adornos e mantos vistosos se nossa preguiça em fazer um mínimo nos aleija e nos mantém inertes à dor do planeta.


Pense a respeito escutando "Earth", de Hans Zimmer e Lisa Gerrard, tema do filme "Gladiador".

Com agradecimentos a Nicholas pelo texto e pela Inspiração.

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11 de agosto de 2006

Carta do Cacique Seattle

Ao Presidente dos Estados Unidos

Ultimamente, muitas pessoas têm me perguntado sobre esta carta, visto que tenho falado muito dela tanto na lista Paganismo quanto em outras listas de discussão e conversas das quais tenho participado.
Mais uma vez trago este texto a fim de chamar a atenção dos que buscam tornar-se pagãos ao foco do que realmente seja o Paganismo. Esta mensagem é um daqueles textos eternos que todos deveríamos ler para nossos filhos, a fim de formar pagãos mais conscientes.

Em 1855, o Cacique Seattle, da tribo Suquamish, do Estado de Washington, enviou esta carta ao presidente dos Estados Unidos (Francis Pierce), depois de o governo haver dado a entender que pretendia comprar o território ocupado por aqueles índios. Faz já mais de cento e sessenta anos. Mas o desabafo do cacique tem uma incrível atualidade e serve para que ponderemos mais a respeito do que chamamos "Paganismo".


Eis a carta:


"Como podeis comprar ou vender o céu, a tepidez do chão? A idéia não tem sentido para nós.

Se não possuímos o frescor do ar ou o brilho da água, como podeis querer comprá-los? Qualquer parte desta terra é sagrada para meu povo. Qualquer folha de pinheiro, qualquer praia, a neblina dos bosques sombrios, o brilhante e zumbidor inseto, tudo é sagrado na memória e na experiência de meu povo. A seiva que percorre o interior das árvores leva em si as memórias do homem vermelho.

Os mortos do homem branco esquecem a terra de seu nascimento, quando vão pervagar entre as estrelas. Nossos mortos jamais esquecem esta terra maravilhosa, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os gamos, os cavalos a majestosa águia, todos nossos irmãos. Os picos rochosos, a fragrância dos bosques, a energia vital do pônei e do homem, tudo pertence a uma só família.

Assim, quando o grande chefe em Washington manda dizer que deseja comprar nossas terras, ele está pedindo muito de nós. O grande Chefe manda dizer que nos reservará um sítio onde possamos viver confortavelmente por nós mesmos. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Se é assim, vamos considerar a sua proposta sobre a compra de nossa terra. Mas tal compra não será fácil, já que esta terra é sagrada para nós.

A límpida água que percorre os regatos e rios não é apenas água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vos vendermos a terra, tereis de lembrar a nossos filhos que ela é sagrada, e que qualquer reflexo espectral sobre a superfície dos lagos evoca eventos e fases da vida do meu povo. O marulhar das águas é a voz dos nossos ancestrais.

Os rios são nossos irmãos, eles nos saciam a sede. Levam as nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra a vós, deveis vos lembrar e ensinar a nossas crianças que os rios são nossos irmãos, vossos irmãos também, e deveis a partir de então dispensar aos rios a mesma espécie de afeição que dispensais a um irmão.

Nós mesmos sabemos que o homem branco não entende nosso modo de ser. Para ele um pedaço de terra não se distingue de outro qualquer, pois é um estranho que vem de noite e rouba da terra tudo de que precisa. A terra não é sua irmã, mas sua inimiga, depois que a submete a si, que a conquista, ele vai embora, à procura de outro lugar. Deixa atrás de si a sepultura de seus pais e não se importa. A cova de seus pais é a herança de seus filhos, ele os esquece. Trata a sua mãe, a terra, e seus irmãos, o céu como coisas a serrem comprados ou roubados, como se fossem peles de carneiro ou brilhantes contas sem valor. Seu apetite vai exaurir a terra, deixando atrás de si só desertos. Isso eu não compreendo. Nosso modo de ser é completamente diferente do vosso. A visão de vossas cidades faz doer aos olhos do homem vermelho.

Talvez seja porque o homem vermelho é um selvagem e como tal, nada possa compreender.

Nas cidades do homem branco não há um só lugar onde haja silêncio, paz. Um só lugar onde ouvir o farfalhar das folhas na primavera, o zunir das asas de um inseto. Talvez seja porque sou um selvagem e não possa compreender.

O barulho serve apenas para insultar os ouvidos. E que vida é essa onde o homem não pode ouvir o pio solitário da coruja ou o coaxar das rãs à margem dos charcos à noite? O índio prefere o suave sussurrar do vento esfrolando a superfície das águas do lago, ou a fragrância da brisa, purificada pela chuva do meio-dia ou aromatizada pelo perfume dos pinhos.

O ar é precioso para o homem vermelho, pois dele todos se alimentam. Os animais, as árvores, o homem, todos respiram o mesmo ar. O homem branco parece não se importar com o ar que respira. Como um cadáver em decomposição, ele é insensível ao mau cheiro. Mas se vos vendermos nossa terra, deveis vos lembrar que o ar é precioso para nós, que o ar insufla seu espírito em todas as coisas que dele vivem. O ar que vossos avós inspiraram ao primeiro vagido foi o mesmo que lhes recebeu o último suspiro.

Se vendermos nossa terra a vós, deveis conservá-la à parte, como sagrada, como um lugar onde mesmo um homem branco possa ir sorver a brisa aromatizada pelas flores dos bosques.

Assim consideraremos vossa proposta de comprar nossa terra. Se nos decidirmos a aceitá-la, farei uma condição: O homem branco terá que tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.

Sou um selvagem e não compreendo de outro modo. Tenho visto milhares de búfalos a apodrecerem nas pradarias, deixados pelo homem branco que neles atira de um trem em movimento.

Sou um selvagem e não compreendo como o fumegante cavalo de ferro possa ser mais importante que o búfalo, que nós caçamos apenas para nos mantermos vivos.

Que será dos homens sem os animais? Se todos os animais desaparecem, o homem morreria de solidão espiritual. Porque tudo isso pode cada vez mais afetar os homens. Tudo está encaminhado.

Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem branco é que pertence à terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra.

O homem não tece a teia da vida: É antes um dos seus fios. O que quer que faça a essa teia, faz a si próprio.

Mesmo o homem branco, a quem Deus acompanha e com quem conversa como um amigo, não pode fugir a esse destino comum. Talvez, apesar de tudo, sejamos todos irmãos.

Nós o veremos. De uma coisa sabemos, é que talvez o homem branco venha a descobrir um dia: Nosso Deus é o mesmo deus.

Podeis pensar hoje que somente vós o possuis, como desejais possuir a terra, mas não podeis. Ele é o Deus do homem e sua compaixão é igual tanto para o homem branco, quanto para o homem vermelho.

Esta terra é querida dele, e ofender a terra é insultar o seu criador. Os brancos também passarão talvez mais cedo do que todas as outras tribos. Contaminai a vossa cama, e vos sufocareis numa noite no meio de vossos próprios excrementos.

Mas no nosso parecer, brilhareis alto, iluminado pela força do Deus que vos trouxe a esta terra e por algum favor especial vos outorgou domínio sobre ela e sobre o homem vermelho. Este destino é um mistério para nós, pois não compreendemos como será no dia em que o último búfalo for dizimado, os cavalos selvagens domesticados, os secretos recantos das florestas invadidos pelo odor do suor de muitos homens e a visão das brilhantes colinas bloqueada por fios falantes.

Onde está o matagal? Desapareceu. Onde está a águia? Desapareceu. O fim do viver e o início do sobreviver".


Cacique Seattle, da tribo Suquamish - EUA - 1855


E pensar que a grande maioria dos que se dizem pagãos não fazem a mínima idéia do que esse Chefe tenha dito...

Mas tente você entender o que pulsava na mente deste velho guerreiro quando ele presenteou a sabedoria do seu povo e dos seus antigos com um povo que até hoje não compreende a importância do solo em que pisamos.


Com a contribuição de Bia Marquez.

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